Blog do Prisco
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Antecipar é preciso!

Está em curso uma movimentação diferente nos principais partidos de Santa Catarina. Já se fala abertamente em antecipar os nomes, pelo menos o do candidato a governador, para as eleições do ano que vem.

Definição que começa a ser vista como ideal, senão no fim deste ano ou no primeiro trimestre de 2018. São articulações que fogem do habitual quando se olha a tradição eleitoral  do Estado. E que está diretamente relacionada ao desgaste brutal da classe política.

E é reforçada em Santa Catarina por dois fatores principais em uma engrenagem única: até os primeiros dias de abril de 2018, o governador terá que renunciar se quiser, de fato, disputar o Senado. Neste contexto, assumiria Eduardo Pinho Moreira, que não é do mesmo partido de Raimundo Colombo, com o agravante de que as duas legendas podem não renovar a aliança eleitoral que vem dominando o século 21 na política Barriga-Verde. E também porque o prefeito reeleito da principal cidade de Santa Catarina, Udo Döhler, será obrigado a renunciar para eventualmente assumir a candidatura estadual pelo Manda Brasa. O alcaide já deixou claro que não vai dar um salto no escuro, renunciado ao mandato sem a garantia de que estará na cabeça de chapa no próximo pleito majoritário.

Munição

Trata-se de um belo argumento ao grupo liderado por Pinho Moreira, que conta, ainda, com os ex-governadores Casildo Maldaner e Paulo Afonso Vieira. Mas também cai como uma luva entre os apoiadores de Mauro Mariani, incluindo-se aí o senador Dário Berger. Só que no sentido inverso, pois se Colombo renunciar e Moreira assumir, o atual vice-governador, com a caneta na mão para nomear cargos importantes e liberar recursos, dificilmente perderia uma convenção do PMDB.

Equilíbrio

Agora se o partido não assumir o poder no ano que vem, a disputa entre os dois líderes do Norte – Udo e Mauro – seria bem mais equilibrada internamente. As avaliações são complexas, porque se Eduardo Moreira seguir como vice, a candidatura de Udo torna-se uma incógnita. E se ele não renunciar à prefeitura de Joinville, o projeto de Mariani se fortaleceria sobremaneira. Portanto, o grande tertius nestas encruzilhadas chama-se antecipar a definição do nome.