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Até maio, surge um novo comando petista!

Os petistas de Santa Catarina vão às urnas em 200 municípios neste domingo. Além de escolherem os novos dirigentes partidários no contexto dos diretórios, executivas e comissões provisórias municipais, a turma da estrela também decidirá quais os delegados estarão aptos a votarem na eleição do novo diretório estadual, marcada para a primeira semana de maio.

São sete correntes internas na disputa pelo comando da secção catarinense da sigla fundada por Lula da Silva. A do atual presidente, Cláudio Vignatti, é composta, ainda, por Pedro Uczai (deputado federal), Luciane Carminatti (deputada estadual) e Milton Mendes de Oliveira, histórico do partido. Este time, contudo, não tem o apoio do manda chuva do PT nacional, o ex-presidente Lula. As bênçãos dele recaem sobre o grupo liderado pelo deputado federal Décio Lima e os estaduais Ana Paula Lima (esposa de Décio) e Neodi Saretta, bem como a ex-senadora Ideli Salvatti.

O ex-ministro e ex-prefeito de Chapecó,  José Fritsch, capitaneia outra corrente com expressão interna; a exemplo do deputado estadual Dirceu Dresch. As outras três frentes petistas no Estado têm integrantes menos conhecidos do público externo.

Décio Lima e Cláudio Vignatti
Décio Lima e Cláudio Vignatti

Tendência

A tendência é que a eleição municipal deste domingo aponte para o fortalecimento da campanha  de Décio Lima, hoje o favorito para assumir a presidência estadual do PT. Cláudio Vignatti está há quatro anos na proa, justamente o período mais difícil da história do partido. O desgaste foi brutal nos últimos anos.

Projeção

Décio Lima já esteve com um pé no PDT. Mas ficará no PT depois que Lula da Silva lhe fez apelo neste sentido. O deputado, ex-prefeito de Blumenau, é pré-candidato ao governo do Estado com o apoio do PCdoB e talvez do próprio PDT.

Olimpicamente ignorado

Embora Vignatti tenha sido soldado do partido, disputando posições majoritárias estaduais nos dois últimos pleitos (2010 concorreu ao Senado e em 2014 ao governo do Estado), ele nunca foi aproveitado em cargo federal e ficou todo esse tempo sem mandato.

Orientação

O grupo de Vignatti jamais foi alinhado internamente a Lula da Silva e a Dilma Rousseff. O reflexo deste posicionamento foi terem passado a pão e água mesmo nos momentos áureos do PT no âmbito federal!

 Mesmo time

Já para o comando do diretório nacional do PT, Lula da Silva, absolutamente suspeito na Lava Jato e em outras investigações, sendo réu em cinco processos no STF, trabalha freneticamente para eleger a não menos enrolada senadora Gleisi Hoffmann. Em Santa Catarina, ela tem apoio do grupo de Décio Lima.

Outro time

O ex-presidente da República já conseguiu demover quatro candidatos ao diretório nacional. Mas não convenceu o senador fluminense Lindbergh Farias, outra figurinha carimbada nas investigações de malfeitos com dinheiro público. No Estado, Lindbergh está respaldado pelo grupo de Vignatti, Uczai, Carminatti e Milton Mendes.

Tertius

Como não parece que haverá entendimento entre os grupos favoritos ao PT nacional (Gleisi e Lindbergh), já se fala na possibilidade de apresentação de um terceiro nome com vistas a assumir o posto máximo do partido no Brasil. Seria, ainda, uma tentativa de dar mais unidade partidária aos vermelhos.

Musculatura

O PT já esteve entre os grandes partidos catarinenses, que chegaram, por um tempo, a formar um quinteto (PMDB, PP, PSD e PSDB também). Essa realidade mudou. Hoje os petistas estão afiliados a uma agremiação do segundo escalão de força na política Barriga-Verde.

Foto>divulgação