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Roosevelt e as crises (política e econômica): quais medidas tomar?

A Geração Y, também chamada geração do milênio ou da Internet, nasceu em meados dos anos 1970 até o início da década de 1990. Esses novos adultos viveram a plenitude da juventude em meados da década de 1990, quando o Brasil começou, ainda de forma incipiente, a prosperar, vencendo, inclusive, uma Copa do Mundo, após 24 anos de jejum.

Dessa forma, podemos dizer que a Geração Y, conectada e multifuncional, não enfrentou nenhuma crise real, mas sim duas adversidades, que em nível mundial levaram economias para baixo: em 2008 (Crise Americana e Europeia) e em 2010 (crise na Zona do Euro). Todavia, ambas não tiveram a capacidade de diminuir nosso PIB e chegou a levar para cima diversos nichos no mercado Brasileiro.

Porém, a crise que hoje atinge o Brasil, em dois setores que se interligam (político e econômico, sendo essa crise muito mais um reflexo das decisões políticas que das econômicas), está afetando não só os mais variados setores da economia brasileira, mas refletindo diretamente na administração pública. Razão pela qual serão necessárias medidas de curto, médio e longo prazo para sairmos dessa grande dificuldade.

Em curto prazo e a título de exemplo, objetos inservíveis à administração pública, como veículos com mais de cinco anos de uso, poderiam ser leiloados, tais como as armas de fogo que já não são mais utilizadas pelas forças policiais (revólveres antigos). Neste caso, poderiam ser avaliadas e leiloadas para policiais aposentados, por exemplo, já que são destruídas pelo Ministério do Exército.

Além disso, poderiam ser extintos cargos e também estruturas desnecessárias, bem como deixar de lado o assistencialismo e buscar o pleno emprego e a meritocracia. Mas é preciso coragem para isso. Nestas horas, lembramos de Franklin Delano Roosevelt, que cumpriu quatro mandatos como Presidente do EUA e enfrentou a grande depressão, idealizando o New Deal, quando foram realizadas reformas radicais, dizendo que o país precisava de experimentos arrojados e persistentes. Se falhassem, deveriam admitir o erro e tentar novamente.

Segundo Jean Edward Smith, biógrafo de Roosevelt, ele levantou de uma cadeira de rodas e ergueu um país que estava de joelhos. É isso o que precisamos em Santa Catarina e no Brasil: planejamento, ética, energia e arrojo para driblar a crise e fazer o país crescer. Garantindo-se, desta forma, o futuro, principalmente, na área econômica e em setores importantes como a segurança, saúde pública, educação e infraestrutura. O que torna mais difícil a missão da Geração Y, que até agora só havia colhido frutos plantados nos anos 1990.

 

Ulisses Gabriel, presidente da ADEPOL-SC

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