Coluna do dia

A melhor defesa é o ataque

A sabedoria popular ensinava o postulado acima. O governo Lula partiu para o enfrentamento. Nesta terça-feira, recorreu ao Supremo Tribunal Federal contra a decisão da Câmara e do Senado que derrubou a majoração do IOF, Imposto sobre Operações Financeiras.
O recado do Congresso foi claro: chega de impostos. O brasileiro não aguenta mais. Já estamos na casa dos 35% de carga tributária. Mas um governo gastador, potencialmente gastador, que não faz cortes, que não reduz despesas, quer cada vez mais avançar sobre as pessoas físicas e jurídicas, ampliando suas possibilidades de investimentos em programas sociais, considerando o projeto eleitoral de reeleição de Lula da Silva em 2026. E olhem que nunca se arrecadou tanto no Brasil quanto hoje.
As receitas estão para lá do imaginável, crescendo fortemente. Contudo, o governo é perdulário, com uma máquina paquiderme enorme, ineficaz e que penaliza os mais pobres. Não bastasse isso, ainda quer recursos para tentar reverter o quadro político, que é delicadíssimo.

Quebradeira

Traduzindo: eles quebraram novamente o país. Muita coisa ainda vai aparecer. Anotem. E a solução? A de sempre, pela via judicial, numa tentativa de abafar a decisão da Câmara e do Senado. O aliado de sempre, claro, é o Supremo Tribunal Federal.

Conluio

Aí nós voltamos à questão do consórcio Supremo-Planalto. Ora, como Lula da Silva saiu da prisão? Como Lula da Silva disputou a eleição? Como Lula da Silva ganhou o pleito eleitoral? Tudo um conluio. A deidade vermelha só foi retirada da Polícia Federal, em Curitiba, para onde foi por ter sido condenado por nove magistrados diferentes a mais de 12 anos de prisão, para derrotar Jair Bolsonaro, que resolveu ir para cima do Supremo.

Malabarismo

Descondenaram o condenado, possibilitando que esse cidadão tivesse seus direitos políticos reestabelecidos. A partir daí, acompanhamos toda a atuação tendenciosa e parcial do TSE para elegê-lo.

Biruta de aeroporto

Aquele mesmo STF que não deixava o presidente Bolsonaro governar, agora é o seu principal aliado? E agora na queda-de-braço com o Congresso? Ou seja, Supremo e Planalto contra o Legislativo? Isso não vai dar certo. Vai dar problema, sem dúvida nenhuma, porque, pela votação, tirando como parâmetro a Câmara, que tem 513 deputados, 383 votaram pela derrubada da tunga (mais uma) petista. No Senado, a votação foi simbólica, mas ali o ambiente também está adverso.

Caterpillar

Então, daqui a pouco, Lula estará imaginando que vai para a campanha tratorando o Congresso, tendo como principal parceiro o Supremo. E nós sempre registramos aqui que o Congresso errava por se acovardar diante da pressão, seja do Executivo, seja do Judiciário, seja do Planalto, seja do Supremo.

Reação

A partir do momento em que o Congresso começar a reagir, as apostas vão dobrar. Porque, se o Planalto e o Supremo forem para cima da Câmara e do Senado, o Congresso reage, e isso pode criar um fato novo. Pode ser o gatilho para a sociedade brasileira ocupar finalmente o asfalto e colocar um ponto final nos abusos que presenciamos já há anos do Supremo. Além de tentar conter a voracidade desse desgoverno, que parece empenhado em soterrar de vez a economia e, consequentemente, quebrar o país.

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