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Agricultura familiar ganha apoio na Assembleia

O Senso Agropecuário apontou em agosto de 2016, que Santa Catarina possui cerca de 170 mil estabelecimentos agropecuários geridos pela agricultura familiar. Isso representa 87% das instituições do setor do Estado.

Os dados apontam ainda que a agricultura familiar produz em 2,5 milhões de hectares. O volume corresponde a 44% da zona rural catarinense. Além disso, produtos que se destaca, são o café arábica e o Estado  é o quinto maior produtor de leite, no Brasil, do qual 87% está em Santa Catarina. O movimento do setor cresceu consideravelmente nos últimos anos. Entre 2000 e 2013 o aumento registrado da agricultura familiar chegou a 200%

Número de 2017 também apontam a importância da agricultura familiar. Tanto que o Governo do Estado aplicou o Programa Santa Catarina Rural – SCRural. Entre 2010 e 2017 foram investidos em ações R$ 189 milhões. Já são quase 60 mil famílias beneficiadas com o aporte do Estado. O reflexo desse investimento é o crescimento de cerca de 120% nas vendas em empreendimentos atendido pelo Projeto.

Mas o setor ainda sofre com demandas reprimidas. Uma delas sem dúvida é o transporte e competitividade. Para escoar a produção, paga-se um alto custo e isso dificulta a expansão. Para fornecer a produção para o serviço público, se torna ainda mais complicado.

Por conta disso, que o Deputado Estadual, Milton Hobus (PSD) apresentou a proposta de um Seminário Intersetorial, que vai tratar da Agricultura Familiar e a venda regionalizada. De acordo com Hobus, muitos agricultores são limitados pelo sistema que hoje está ultrapassado. “O processo de compra da agricultura familiar está equivocado.” Destacou.

Hobus se refere a situação que muitos produtores participam de licitações do Estado e não conseguem atender pela distância. Segundo o parlamentar, um produtor rural do Alto Vale, ganha uma licitação em São Bento do Sul, no Planalto Norte. Fica inviável a logística de transporte. “Com a compra regionalizada, é possível empreender através das pequenas propriedades,” ressaltou.

Hobus acredita ainda que, além de gerar riqueza para a família, pode ser uma possibilidade de aumentar a evasão de filhos de agricultores e os próprios produtores que tem dificuldade de se autossustentar.

O Seminário que ocorre na próxima quinta-feira, a partir das 8h, no Plenarinho Paulo Stuart Wright, da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, conta com palestras técnicas. A intenção é gerar discussão entre os setores envolvidos.

Entre os palestrantes estão, Osmar Matiola, da Secretaria de Estado da Educação, que vai abordar a compra de agricultores através do PNAE, Airton Spies, secretário de Estado da Agricultura, que tratará dos desafios e perspectivas. Também farão parte das rodadas de palestras, Viviane Fernandes Albuquerque, coordenadora geral de aquisição de alimentos da Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social, Rafael da Silva Laranjeira, Delegado Federal da Secretária Especial da Agricultura Familiar.

Todas as discussões serão levadas em consideração para ser implementados conforme conveniência a todas as partes, em um Projeto de Lei que tramita desde 2015, na Alesc e que estava parado. A intenção é possibilitar a esses produtores rurais de Santa Catarina, uma alternativa de se manter no campo.

Hobus destaca ainda que em experiência já realizada em Rio do Sul, o resultado foi de até 70% da merenda escolar adquirida de produtores locais, enquanto ele foi prefeito. “Aqui poderemos fornecer para segurança pública, educação e outros setores do Estado, que precisam adquirir alimentos, como sucos, geleias, derivados e tantos outros produtos.” Disse.

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