Eng. Agrônomo
Valdir Colatto
Graças a ciência e a tecnologia química, usadas no campo e nas cidades, para animais, plantas e humanos, o seu uso ainda é indispensável e garantem a sobrevivência da humanidade.
Os remédios e os defensivos agrícolas, são obtidos dos mesmos princípios ativos e moléculas químicas.
Seja um pouco curioso, leia as embalagens dos remédios alimentos industrializados, produtos de beleza e higiene, observe as enormes quantidades de produtos químicos usados nas suas composições.
A única diferença, entre defensivos agrícolas e produtos que estão nas prateleiras das farmácias e mercados, é a dosagem, utilizada para uma ou outra finalidade.
Na história da humanidade do último século, mais de um bilhão de pessoas não morreram por falta alimentos, outros bilhões foram salvos por remédios químicos, urbanos ou rurais. Exemplos, os antibióticos, vacinas e outros, por vegetais transgênicos ou não, que possibilitam a produção de remédios, como a insulina no controle da diabete.
Ativistas despreparados ou mal-intencionados, tratam este avanço da tecnologia, como responsáveis por todos os males da humanidade. É verdade, todos nós, desejamos alimentos saudáveis, sem produtos químicos, mas os alimentos orgânicos produzidos contribuem hoje, apenas com 1% dos alimentos necessários para suprir a população mundial.
Não podemos só demonizar os agricultores que produzem alimentos, mas também, atentar para os remédios e produtos industrializados com aditivos químicos os mais variados.
A PROVA DISSO?
Ler atentamente as embalagens oferecida pelas indústrias de agroquímico e alimentos. Na agricultura, as informações são obrigatoriamente registradas nas embalagens, para que servem, as indicações, dosagens, o que não ocorre com os remédios consumidos pela população.
Já ouvimos histórias de horrores envolvendo defensivos agrícolas, o remédio das plantas, no entanto, não há registros confirmados de mortes humanas, por ingerir alimentos convencionais tratados com defensivos agrícolas, são raras ou inexistentes, ao contrário dos remédios mal administrados.
Comprovadamente, não existem qualquer diferença de sabor ou nutricional entre alimentos orgânicos ou convencionais. Orgânicos, são mais caros e inacessíveis para a maioria da população com menor poder aquisitivo.
O cenário de medo e contaminação com defensivos, sem comprovação científica, divulgado pela mídia e interessados nos negócios lucrativos dos mercados, visam um público com maior poder aquisitivo, induzindo consumidores, a demonizar e mal informar a população sobre o seu uso e necessidade no controle de invasoras, pragas e doenças, com remédio das plantas.
Não seria a hora de questionar porque temos hoje milhares de farmácias, com pouco ou nenhum controle, vendendo produtos químicos para a população?
São as mesmas moléculas químicas usadas e produzidas, muitas das vezes, pelas mesmas indústrias, na agricultura e para as pessoas, a diferença, é apenas a dosagem utilizada.
Na agricultura, há um controle rigoroso, das entidades credenciadas pelo mapa, que fiscalizam, a venda e uso dos defensivos, obrigando o retorno reverso das embalagens e a reciclagem obrigatória pelas indústrias.
A pergunta é, há esse controle e fiscalização efetiva para os remédios e reciclagem das embalagens e de produtos químicos nas farmácias, mercados e hospitais para uso humano? não.
Teríamos hoje 8 bilhões de pessoas no planeta, sem a tecnologia farmacêutica e os defensivos agrícolas? não, pois faltaria alimentos e remédios para a maioria.
Na linha do tempo 50 a 70 anos, a média de idade da população do país era 50 anos, hoje 75, seria pelo uso da química?
O avanço da agricultura deve-se a tecnologia, com menos desmatamentos, mais ciência e o uso dos remédios das plantas, os defensivos agrícolas.
Talvez um dia não muito distante, possamos dispor de 100% de bioinsumos, usá-los em nossos alimentos e remédios garantindo assim, o fim da fome e a boa saúde no planeta, sem o uso de produtos químicos, aguardemos.