Manchete

Caminho natural

O deputado federal Carlos Chiodini, desde que assumiu a Secretaria de Agricultura e Pecuária, tem afirmado que a tendência natural é que o MDB se coligue com o projeto de reeleição de Jorginho Mello com vistas ao pleito de 2026.  Vale lembrar que Chiodini, deputado federal, continua à frente do partido em Santa Catarina.

E ele, também, frequentemente relembra as situações pretéritas e mais recentes envolvendo a agremiação. Em 2018, o partido foi de candidato próprio com o então deputado federal Mauro Mariani, apoiado por Chiodini.  Mas a definição ocorreu na undécima hora, porque o então governador, em mandato-tampão, o emedebista Eduardo Pinho Moreira, fez de tudo para inviabilizar Mariani como candidato.

E deu no que deu. Mariani ficou fora do segundo turno. Gelson Merisio carimbou passaporte e acabou fazendo companhia a Carlos Moisés, que só foi para a grande final e se elegeu graças ao PSL, o 17, de Jair Bolsonaro. Naquele pleito, o hoje liberal elegeu-se presidente e aqui em Santa Catarina, no segundo turno, fez quase 76% dos votos.

Sequência

Transcorridos quatro anos, o MDB se preparou para uma candidatura própria. A expectativa era retomar aquilo que se constituiu em algo consagrado em Santa Catarina no contexto eleitoral, que é a presença do maior partido no segundo turno ou disputando o governo quando tínhamos eleição de turno único.

História

Vale relembrar que Jaison Barreto disputou contra Esperidião Amin, em 1982, e acabou perdendo por 12,5 mil votos. Depois, na sequência, em 1986, Pedro Ivo Campos foi eleito governador contra Vilson Kleinübing. Em 1990, Kleinübing suplantou Paulo Afonso Vieira, que veio a se eleger quatro anos depois, em 1994.

O retorno

Em 1998, Esperidião Amin derrotou Paulo Afonso Vieira. Em 2002, foi derrotado por Luiz Henrique da Silveira, que se reelegeu contra o próprio Amin em 2006.  Em 2010, o MDB não lançou candidato. Apoiou Raimundo Colombo, então alistado no PFL, indicando Eduardo Moreira de vice. Foi assim, também, em 2014. Ambas as eleições sob o aval e o comando de Luiz Henrique da Silveira.

Recente

Em 2018, foi o ponto fora da curva. E foi justamente em 2022 que o MDB puxou o tapete de Antídio Lunelli, que correu o estado para ser o candidato natural ao governo. Mas, uma parcela majoritária do MDB resolveu compor com Carlos Moisés, indicando Udo Dohler, ex-prefeito de Joinville, para vice do então governador.  E mais uma vez o MDB ficou fora de segundo turno.

Visão

Por isso, Carlos Chiodini coloca o seguinte: não dá para deixar o fechamento, os encaminhamentos definitivos para a última hora. O MDB não pode novamente morrer na praia. Por isso, que com a presença agora mais efetiva do partido no governo Jorginho Mello, ocupando três secretarias e posições de segundo escalão, ele entende que, ao natural, o MDB estará no projeto de recondução do atual governador, possivelmente indicando o vice na chapa ao governo.

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