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Combate à corrupção é prática que exige atuação no cotidiano

Esportista veterano e promotores falaram ao público, especialmente a estagiários da Assembleia Legislativa sobre a importância de ter decisões corretas na vida
FOTO: Rodrigo Correa/Agência AL

Tomadas de decisões com consequências coletivas

O esporte coletivo é um meio para trabalhar a idéia do combate à corrupção. O veterano esportista Alberto Bial, que é técnico no basquete há décadas, diz que a modalidade exige muitas tomadas de decisões rápidas, e que acertos e erros terão sempre influência para uma equipe. Da mesma forma, o que fazemos de maneira certa ou errada terá consequências,  para cada um e para sua coletividade. “A vida é uma honra, uma dádiva. Devemos ser verdadeiros e autênticos”, ele afirma.

Bial é filho de imigrantes judeus refugiados no Brasil à época da segunda guerra mundial. A mãe o levou para o esporte aos seis anos, quando morava no Rio de Janeiro. Tornou-se um esportista. Ele entende que o esporte é um meio adequado para jovens conhecerem a importância de tomar decisões certas na vida. “Devemos buscar fazer o melhor para o coletivo, agindo com naturalidade, equilíbrio e moderação”.

Com a experiência de já ter conduzido milhares de esportistas, inclusive em Joinville, onde viveu por anos, Bial só lamenta que o meio possa estar contaminado, e cita como mau exemplo o futebol. “Não podemos nos conformar com a corrupção e os maus exemplos de muitos dirigentes”. E dá um recado: “Temos que ter a força de uma árvore, que cresce em direção à luz e pode oferecer sombra”.

Alberto veio de Fortaleza para gratuitamente colaborar com a Semana Estadual de Combate à Corrupção. Falou no painel “Educando Cidadãos, criando cidadanias”. O evento foi aberto ao público, mas prestigiado especialmente por jovens estagiários da Assembleia Legislativa, e teve como mediadora Luciana Merlin Berbian, mestre em administração e secretária executiva na Univali. O evento foi organizado pelo Núcleo de Qualificação Profissional da Escola do Legislativo da Alesc.

Educação para a formação ética
O promotor catarinense Stefano Garcia da Silveira, por sua vez, destacou a importância da “construção de uma cultura ética”. Deu exemplos de como os bons exemplos para os jovens têm reflexos para a vida. Ele valoriza o esforço do Ministério Público estadual em disseminar as boas práticas em linguagens acessíveis para jovens, inclusive por meio de jogos disponíveis em plataformas online. O combate à corrupção envolve a educação para uma cultura preventiva, e para a formação ética.

A gaúcha Júlia Flores Schütt atua no Conselho Nacional do Ministério Público em Brasília. Ela reforça a importância do combate à corrupção e considera que esse é um dever de todos. “Podemos não ver a corrupção ser executada, mas a gente sai na rua e percebe o que falta em serviços”. Ou seja, a falta de benefícios para a população é o custo.

Forjar caráter e valores
Júlia trabalhou com o Gaeco, que é o órgão responsável por investigar crimes contra a ordem pública, e lamenta a constatação de que, no País, “infelizmente a impunidade muitas vezes compensa”. Mas reforça a ideia de valorizar métodos de prevenção, “forjar caráter, valores e dar exemplos”. Julia ainda lembrou que iniciou a carreira atuando na promotoria para pedir a condenação de réus e nem sempre obteve êxito. “Mas é importante saber que, mesmo em situações que consideramos como uma queda, se busque impulso para seguir adiante em favor do que consideramos o correto”.

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