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Dalirio questiona política econômica do governo ao presidente do BC

O senador Dalirio Beber (PSDB) manifestou preocupação e buscou alguns esclarecimentos junto ao presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, em função exatamente, segundo ele, “desse estado de deterioração que vive a economia do Brasil neste momento”. A audiência pública aconteceu na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal.

“Há menos de um ano, todas as autoridades do governo federal procuravam vender a ideia de que o Brasil estava bem, divulgando números extremamente favoráveis, e, de repente, a partir de janeiro desse ano, tudo mudou. Quais as principais causas dessa crise profunda, que apareceu em menos de um ano na economia brasileira? A elevação dos juros sufoca a realidade econômica, que é aquela que gera empregos. Se o Banco Central não tivesse elevado a taxa de juros esse ano, quais seriam as consequências mais graves? Se tivesse mantido, por exemplo, a taxa SELIC, que existia no começo de 2015, os custos para fazer o pagamento dessa taxa de juros, que compromete considerável parcela receita do governo federal, não são menores, do que os benefícios que se poderia obter? Que medidas o governo brasileiro deveria ter tomado para que o Banco Central não fosse obrigado a elevar as taxas de juros aos patamares de hoje? Era possível ter feito alguma coisa antes, para evitar o momento dramático que vivemos hoje?”, indagou o senador tucano.
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, respondeu que a instituição mantém o objetivo de trazer a inflação para 4,5% ao fim de 2016. Para isso, será preciso manter a taxa básica de juros atual por um “período suficientemente prolongado”.
O presidente do BC admitiu que a taxa de juros em vigor atualmente é elevada, mas disse que se trata de uma “taxa de passagem”, adotada para cumprir o ajuste macroeconômico e, portanto, não servindo de parâmetro para um horizonte de médio e longo prazos. O senador José Serra (PSDB-SP), sentado ao lado de Dalirio na audiência, também criticou o fato de o BC ter sido conivente com a política de contenção de preços adotada pelo governo antes das eleições do ano passado.
“É evidente que preços controlados, como energia e combustíveis, estavam sendo segurados de forma artificial e era uma situação
insustentável a médio prazo. Mas o BC se ajustou a essa inflação reprimida e irrealista. De alguma forma o banco sancionou essa política de viés eleitoral”, reclamou. O requerimento para a realização da audiência pública foi do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES).

Foto: divulgação

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