Parlamentares do PSD e do PL destacaram o aumento das reclamações relativas ao Programa Universidade Gratuita durante a sessão de quarta-feira (28) da Assembleia Legislativa.
“Tiramos do papel o Universidade Gratuita, uma baita ideia, um grande conceito. Muita gente foi contemplada, se respeitou o início do programa, mas tem me chamado a atenção a quantidade de reclamações, especialmente no início deste ano, é preciso lupa nisso, acompanhar de perto”, defendeu Napoleão Bernardes (PSD).
O deputado relatou que parou para ler os e-mails de reclamações de alunos de várias instituições de ensino superior da Acafe.
“Neste início de ano tem algo no ar: o aluno se matricula, paga a matrícula e depois vem o primeiro boleto, o segundo, o terceiro. Tem gente pegando empréstimo porque pensa ‘daqui quatro, cinco, meses vou ser beneficiado’ e agora está endividado. Aí vem o pesadelo, o pedido da bolsa é negado, a dívida acumulou e o sujeito está na Serasa. Sonhou com a bolsa e acordou com a dívida; foram atrás da bolsa e acabaram com o boleto da mão”, denunciou o ex-prefeito de Blumenau.
Napoleão sugeriu à nova direção da Secretaria de Estado da Educação (SED) reorganizar o calendário de concessão de bolsas.
Alex Brasil (PL) também relatou reclamações sobre o Universidade Gratuita na recente visita que fez a duas dezenas de municípios do Oeste barriga-verde.
“Existem demandas de alunos e pais que começam a cobrar”, admitiu o representante de Florianópolis.
Sexo no Parque da Luz
Alex Brasil exibiu no telão da tribuna imagens de sexo grupal entre homens durante o dia no Parque da Luz, localizado na cabeceira insular da ponte Hercílio Luz, cartão postal barriga-verde.
O deputado, que foi pessoalmente até o parque, enviou ofício ao alcaide da capital sugerindo um estudo técnico para o fechamento físico e integral do Parque da Luz, com controle de entrada; reforço das ações de segurança e na zeladoria, principalmente no período da manhã.
“Precisamos dar uma resposta à sociedade”, avaliou Brasil.
Geoparque da Serra Catarinense
Thiago Morastoni (Podemos), que se autodenominou “genro da Serra”, uma vez que é casado com uma lageana, sugeriu ao governo do estado a criação de um grupo técnico para fazer um inventário geológico e cultural da Serra Catarinense visando criar um geoparque, nos moldes estabelecidos pela Unesco. Segundo o parlamentar, um geoparque na Serra não significaria um freio no desenvolvimento, mas seria um gerador de crescimento econômico e social.
Para Thiago, a região reúne as condições necessárias para a criação de um geoparque: a identidade cultural forte; riqueza geológica dos cânions, escarpas e formações rochosas; gastronomia típica; produtos artesanais; e um povo acolhedor.
CPI do INSS
Napoleão Bernardes defendeu a instalação da CPMI do INSS no Congresso Nacional. O deputado voltou a criticar a exigência de que o aposentado ou pensionista entre no aplicativo Gov.br para pedir a devolução dos descontos indevidos.
O deputado também criticou o INSS pelo crescimento da fila da aposentadoria, que pulou de 1,3 mi para 2,6 mi de pedidos de aposentadoria.
“Engraçado que para roubar ou deixar roubar bastava um clique, mas para conceder a justa aposentadoria, aí é o calvário”, disparou.
Dia livre de impostos
Junior Cardoso (PRD) repercutiu a realização, pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL), do “Dia livre de impostos”, celebrado no dia 29, quinta-feira. De acordo com Cardoso, cerca de 800 empresas vão participar do evento, que promove a cidadania fiscal.
“O empresário vai dar um desconto, quem está pagando é o empresário, não haverá retenção do imposto propriamente dito: R$ 30 de imposto, R$ 30 de desconto”, descreveu Cardoso, que exaltou a iniciativa da FCDL.
Emendas para clubes de Caça e Tiro
Carlos Humberto (PL) defendeu na tribuna as emendas destinadas à reformas e climatização de clubes de Caça e Tiro de Blumenau.
“A ignorância da esquerda faz com que não consigam enxergar a diversidade cultural do nosso estado, eles não sabem o que é a cultura germânica em Santa Catarina, inclusive não sabem que as primeiras medalhas olímpicas conquistadas pelo povo brasileiro foram na modalidade de tiro, nos idos de 1920. A cultura dos clubes de Caça e Tiro já perduram por mais de 150 anos e fazem parte da nossa tradição”, argumentou o parlamentar, que lamentou o excesso de burocracia que dificulta a liberação dos recursos.
foto>Daniel Conzi, Ag. Alesc