Para o Governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, o crime mudou no Brasil e o país precisa unir esforços para entender a nova dinâmica. Um encontro na tarde desta quinta-feira, 30 de outubro, reuniu governadores do Sul, Sudeste e Centro-Oeste brasileiro e discutiu uma ampla aliança contra o crime organizado. De acordo com Jorginho, os Estados precisam ter autonomia para lidar com a realidade local, com suporte financeiro da União.
“A União quer centralizar e igualar a resposta ao crime em um país desigual. Santa Catarina é o Estado mais seguro do país e tem uma realidade diferente, assim como cada Estado. O que precisamos do Governo Federal é um controle de fronteiras reforçado e recursos para equipar nossas forças de segurança”, disse o Governador, sobre a PEC da segurança.
Jorginho também falou sobre a estratégia do Governo Federal de desarmar o cidadão sob a justificativa de que o armamento cairia na mão de bandidos. “A realidade no Rio de Janeiro nos mostra que o poder do crime é medido por número de fuzis. Esse armamento não é acessível para o CAC, ele chega por nossas fronteiras”, explicou.
Os Governadores devem se unir para pressionar uma legislação mais forte contra facções, como a tipificação de terrorismo e o avanço contra o patrimônio financeiro do crime. Outra ação deve ser o compartilhamento de informação e bancos de dados, como as imagens utilizadas para reconhecimento facial.
Acompanhado pelo comandante Geral da Polícia Militar de Santa Catarina, Emerson Fernandes, e do Delegado Geral de Polícia Civil, Ulysses Gabriel, Jorginho Mello demonstrou preocupação com a expansão e migração do crime. “A união de forças aqui no Rio de Janeiro é para que ele não se espalhe cada vez mais. O crime é contagioso”, disse Jorginho.
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