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Líder da Minoria reage à fraude no INSS e cobra explicações do governo

A líder da Minoria na Câmara, deputada Caroline de Toni (PL/SC), reagiu com firmeza à operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal, que investiga um dos maiores escândalos da história recente do INSS. A parlamentar apresentou um Requerimento de Informação ao ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, exigindo esclarecimentos sobre os convênios firmados com entidades suspeitas de fraudar aposentados e pensionistas.

No documento, a deputada solicita o envio de cópias integrais dos processos que originaram os contratos com 11 entidades investigadas, como o SINDNAPI — que tem como vice-presidente José Ferreira da Silva, irmão de Lula — AMBEC, AAPB, CONAFER, entre outras. Também requer dados detalhados sobre as reclamações recebidas, valores indevidamente debitados, estatísticas individualizadas e atas de reuniões entre representantes dessas entidades e membros do Ministério da Previdência e do INSS desde janeiro de 2023.

“O escândalo do INSS é um retrato cruel do Brasil sob este governo: bilhões desviados dos que mais precisam, enquanto aposentados e pensionistas enfrentam filas intermináveis, perícias desumanas e negações injustas. O rombo de R$ 6,3 bilhões revelado pela Polícia Federal não é um acidente, mas o resultado direto de um sistema corroído pela corrupção e pela negligência. E o mais grave: com ligações diretas a estruturas próximas ao poder, como o sindicato ligado ao irmão do presidente da República”, afirmou De Toni.

Segundo informações divulgadas pela própria imprensa, o número de reclamações sobre descontos indevidos no INSS ultrapassa 1 milhão entre janeiro de 2023 e maio de 2024. Enquanto isso, o valor dos repasses a entidades conveniadas saltou de R$ 706 milhões, em 2022, para R$ 2,8 bilhões em 2024 — um aumento de quase 300%.

De Toni também exige a lista oficial de visitantes recebidos nos gabinetes do Ministério da Previdência e do INSS, para investigar possíveis favorecimentos e omissões institucionais.

“Não se trata somente de má gestão. Estamos diante da institucionalização da crueldade. É um projeto de desumanização que atinge justamente os mais vulneráveis. Vamos a fundo nessas investigações. O povo brasileiro precisa saber a verdade e os responsáveis precisam ser punidos”, finalizou.

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