A mediadora da conversa foi Silvia Pinter, jornalista e Coordenadora de Comunicação Social do MPSC. Confira abaixo os principais tópicos abordados pela PGJ e algumas declarações. Você pode assistir ao episódio completo no YouTube por este link.
Papel do MPSC na representação da justiça
“É papel do Ministério Público garantir os direitos e políticas públicas ou perseguir a garantia desses direitos. Então, nós, Promotores, Promotoras, Procuradores, Procuradoras de Justiça, acabamos sendo os ‘aceleradores’ da história. Aquilo que aconteceria em 10 anos, por exemplo, acaba acontecendo em menos tempo, porque provocamos a implementação. Esse é o grande papel do Ministério Público”.
Mapa do Feminicídio
“Constatamos que o Direito Penal não consegue dar conta do fenômeno inteiro. Mesmo com grandes taxas de condenação desses homens, os gráficos e os números não caem. Precisamos induzir políticas públicas que não permitam que esse fenômeno se reproduza, mas para isso precisamos conhecer qual é o campo, e o Mapa do Feminicídio vai servir para isso”.
Combate à corrupção e organizações criminosas
“Gostaríamos de avançar nas metodologias e na tecnologia de investigação, trazer novas metodologias de investigação, a partir de um diálogo com os Ministérios Públicos brasileiros, importar isso para cá e trazer a tecnologia para as investigações de corrupção. Precisamos avançar no uso inclusive de inteligência artificial na análise de provas, na constituição dos nossos relatórios. Vamos atrás do que há de melhor em termos de tecnologia. Essa é a nossa fronteira a ser desbravada”.
“Quando chega a maternidade, as grandezas ficam diferentes. A sensação que eu tinha era de que eu estava sempre em débito em algum lugar. […] Tanto que eu retardei a minha carreira. Eu só galguei meu passo de Promotora de entrância inicial muito tempo depois do ingresso no Ministério Público. Eu esperei os meus filhos crescerem, tanto que, na minha festa de 50 anos, meu filho disse: `Mãe, eu queria te dizer uma coisa. Tu abriu mão de muitas coisas por nós. Ficasse em Florianópolis e retardasse sua carreira por nós. Mãe, agora está na hora de voar. Voa¿. E foi muito emocionante”.
Câncer de mama
“Não existe maneira de ter um diagnóstico como esse e não sofrer um baque. Quando eu li ‘carcinoma lobular in situ’, era quase como uma sentença, então foi uma reconfiguração de muitas coisas. […] Mas isso me ensinou sobre a importância desses exames na vida da mulher. […] Foram muitas adaptações, porque sempre tem alguma coisa mais importante. Nós cuidamos da família, do marido, de todos, e nos deixamos por último. Então, a mensagem é: vamos nos cuidar para poder cuidar dos outros”.
Assista ao episódio completo vídeo abaixo.