Coluna do dia

O pacotaço e as relações entre Executivo e Legislativo

Antes do recesso de julho, a Assembleia Legislativa vai apreciar um conjunto de projetos encaminhados pelo governo num pacote com mais de cinquenta iniciativas. Ao natural, essas matérias mereceriam aprovação relativamente pacífica, digamos assim, com algumas alterações aqui e ali, alguns ajustes, mas sem maiores problemas.
Até porque o governador agiu bem ao convidar, na semana passada, os parlamentares para uma rodada no Palácio Residencial, onde, antes de encaminhar as medidas, submeteu o pacotaço à consideração de parlamentares de vários partidos, inclusive aqueles que hoje fazem oposição à administração estadual.
Só que tem o seguinte: não se pode ignorar um ambiente potencialmente beligerante nas relações entre Jorginho Mello e o prefeito de Chapecó. Muito mais por iniciativa de João Rodrigues do que propriamente do governador.

Ausência

Também por isso, fica evidenciado que falta ao representante do PSD inteligência emocional, agir de maneira cerebral e racional, e não com o fígado no embalo de um passionalismo infanto-juvenil.

Pueril

Ora, não cabe ir para as redes sociais gravar vídeos atacando o governador, o governo, os jornalistas, aparecendo totalmente destemperado e com movimentos despropositados. Mas, resta saber como a bancada do PSD vai se comportar no Legislativo estadual.

Contaminação

Vai deixar que esse ambiente carregado chegue ao Legislativo e venha a pautar, a influenciar os votos dos pessedistas e de outros parlamentares de bancadas oposicionistas? Eis a indagação que fica.

Experiente

Evidentemente que o poder moderador nesse processo será do presidente Júlio Garcia, que é um articulador respeitado, porque exímio no que faz.

Institucional

A questão é se ele vai agir institucionalmente, enquanto presidente, ou vai se deixar envolver por esse clima, digamos, nada construtivo nas relações entre dois potenciais candidatos ao governo do estado. Tudo leva a crer que ele vai separar as coisas.

Água e vinho

Ou seja, a questão eleitoral partidária de 2026 é uma coisa; já as apreciações e votações de projetos no Legislativo são outra completamente diferente. Imagina-se que não teremos uma mistura dos dois cenários: do Executivo com o Legislativo; e do PSD com o PL, considerando o processo sucessório estadual de 2026. A conferir.

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