O governador Jorginho Mello acabou ganhando protagonismo na sua passagem por Brasília na quarta-feira. Pela manhã, uma rodada do Codesul, Conselho de Desenvolvimento e Integração do Sul, quando os governadores se reuniram com dirigentes do Banco Mundial.
Na pauta, a questão absolutamente prioritária do enfrentamento das manifestações climáticas, especialmente no Sul do país, sobretudo no Rio Grande e em Santa Catarina.
Foi assinado um memorando objetivando a contratação do BIRD para a preparação de um trabalho que venha a viabilizar a implantação de uma central compartilhada dos quatro estados. A base ficaria em Santa Catarina, até pela localização geográfica, e essa base possibilitaria ações coordenadas dos estados e ações rápidas para enfrentar tempestades, deslizamentos ou mesmo enchentes.
Prevenção
É o ajustamento da máquina estatal para evitar justamente os sérios desdobramentos, não apenas em vidas ceifadas, mas também nos prejuízos provocados ao poder público e também à sociedade civil. Basta lembrar da situação registrada no Rio Grande do Sul, quantos gaúchos perderam tudo.
Avanço
Jorginho Mello foi além. O custo dessa consultoria do BIRD é de um milhão de dólares. O governador disse que vai bancar esse valor pelos cofres públicos catarinenses para acelerar o processo e, depois, os outros três estados entendendo que seria o caso de participar, haveria um ressarcimento ao estado de Santa Catarina. É uma bela iniciativa.
Pauta da semana
Além desse protagonismo pela manhã no Codesul, Jorginho Mello acabou, também, de alguma maneira, chamando as atenções, inclusive da mídia nacional, para aquela tragédia sem precedente que teve repercussão em todo o Brasil, no Morro dos Cavalos, há duas, três semanas atrás. Pois, muito bem, tem a solução do túnel.
Montante
O custo é estimado em um bilhão de reais. Santa Catarina não vai receber nem a metade desse valor ao longo do exercício inteiro de 2025 para todas as rodovias federais. Então, fica mais do que claro, considerando a prioridade da obra, que esse túnel vai ficar na saudade, vai ficar no aceno, não vai ser concretizado no curto prazo.
Saída
Foi aí que entrou a proposta do governo catarinense de se buscar um contorno tipo binário para solucionar a situação.
Mais barato
O custo é estimado em 30%, 40% do túnel, ou seja, mais palatável de implementação. O ministro Renan Calheiros Filho, também numa demonstração de civilidade, de postura republicana, foi simpático.
Alternativa
Inclusive disse que, além dessa alternativa do governo federal bancar o contorno tipo binário, haveria também a possibilidade da concessionária Arteris ser chamada para realizar a obra e depois ficaria responsável também pelo trecho, como já acontece na BR-101 sul.
Clima melhorou
Vamos observar o desenrolar dos acontecimentos, mas de qualquer forma, Renan Calheiros Filho e Jorginho Mello, lado a lado, foi uma demonstração de maturidade e responsabilidade depois daquele carnaval de vídeos com ataques recíprocos.
foto>Eduardo Valente, Secom
