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Pressionado, Temer deve antecipar reforma ministerial

Michel Temer estava projetando mudanças na esplanada dos ministérios para o começo abril de 2018. Seria o “natural.” É o prazo fatal para a desincompatibilização de ministros que vão disputar as eleições.

Tudo indica, contudo, que o presidente terá que promover trocas politicamente estratégicas já em janeiro. Antecipação motivada pela pressão da base aliada no Congresso, que está em frangalhos depois de barrar duas denúncias do ex-PGR Rodrigo Janot contra Temer. Os aliados, por óbvio, estão de olho no desgaste a quem foram submetidos e que pode refletir duramente nas urnas.

Como compensação, deputados e senadores querem cargos federais (já levaram emendas, já levaram recursos os mais variados, edição de medidas polêmicas, etc.), começando lá por cima, pelo primeiro escalão do governo federal.

Centrão

A principal grita é do chamado Centrão, grupo de partidos fisiológicos que controla mais de um terço do Congresso. Esta turma mira nos cargos do PSDB, que está absolutamente rachado, divisão cristalizada na queda-de-braço entre os senadores Tasso Jereissatti (oposição a Temer) e Aécio Neves (governista). Num lance ditatorial, o mineiro destituiu, na quinta-feira, o cearense do comando interino do PSDB.

Espaço

Os tucanos têm quatro ministérios no governo Temer, mas o partido não entrega hoje os votos de congressistas em favor do governo na proporcionalidade da fatia que o PSDB tem na máquina federal.

Em tempo

Pra acabar essa farra, essa prática nefasta do toma-lá-dá-cá em Brasília, nos Estados e nos municípios, que vem desde a redemocratização, somente com uma reforma política séria. Algo que não está no horizonte do Parlamento federal. Nem de longe.

Apoio

O senador Dário Berger e o deputado federal Mauro Mariani conversaram, esta semana, com o líder nacional do Podemos, senador Alvaro Dias. Sinalizaram que não devem apoiar o tucano Geraldo Alckmin para a presidência, em que pesem as costuras atuais apontaram para uma aliança federal entre tucanos e o PMDB. Os dois peemedebistas de Santa Catarina deixaram claro que podem oferecer palanque para Dias.

Alçando voo

O deputado estadual Mário Marcondes encaminhou ofício, esta semana, ao presidente estadual do PSDB, Marcos Vieira, pedindo que lhe seja concedida a desfiliação do ninho tucano. A solicitação é feita em caráter “irrevogável” e “irretratável”, mas não detalha os motivos do pedido de saída do partido. Marcondes alega “questões de ordem pessoal”. O que se sabe e se comenta nos bastidores é que o parlamentar entrou em rota de colisão, com o próprio Marcos Vieira, ao buscar novos apoiadores para o seu projeto de reeleição.

Manda Brasa

Marcondes está conversando com o PMDB (destino que estaria bem encaminhado), DEM, PPS, PDT e Podemos. O deputado afirma que ainda não há nada fechado nesta seara. No PMDB, o meio-campo é feito pelo deputado federal Ronaldo Benedet.

Digital

A Consultoria FSB Influência, que periodicamente afere, com seus métodos e critérios, a presença de políticos e marcas nas redes sociais, apontou o catarinense Décio Lima, líder da Oposição no Congresso Nacional, como o segundo deputado mais influente do país no universo on line. Só perde, segundo a FSB, para Jair Bolsonaro.

Contrastes

Os tucanos de SC realizam, neste sábado, em São José, uma convenção com ares de festa. De forma inédita, todas principais lideranças da legenda sinalizam para a unidade em torno do projeto eleitoral de 2018, com o senador Paulo Bauer candidatíssimo ao governo. Projeto que passa pela recondução de Marcos Vieira à presidência da seção Barriga-Verde do PSDB.

Foto>Marcos Corrêa, PR

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