O final de semana foi rico sob o aspecto político em Santa Catarina. Na sexta-feira, Jorginho Mello participou da abertura da EFAPI em Chapecó.
Festa que teve como anfitrião o prefeito João Rodrigues. Mas, o governador, de certa forma, acabou roubando a cena. Porque lá foi, fez o discurso de encerramento e anunciou uma série de ações administrativas com assinatura de convênios e ordens de serviço, tendo ao lado o prefeito da cidade, que é pré-candidato ao governo pelo PSD.
Havia um certo ceticismo, da parte de liberais, de que o governador poderia ser encurralado. No entanto, não houver situações que pudessem constranger o chefe do Executivo estadual. Muito pelo contrário. Os pessedistas é que ficaram incomodados com a desenvoltura de Jorginho Mello.
De qualquer forma, o ambiente foi marcado pela civilidade. Ficou evidenciado que o governador não perde a oportunidade para se posicionar. Tanto no contexto administrativo como no político.
Arco
Até porque, entrevistado ao final da agenda, ele deixou claro que já conta com todos os partidos com ele. E que, se o PSD assim desejasse, seria bem-vindo à aliança. Isso num final de semana em que Carlos Bolsonaro resolveu assumir por inteiro sua pré-candidatura ao Senado.
Cidadão josefense
Ele, que está na iminência de renunciar ao mandato de vereador, o quinto na Capital fluminense, já praticamente está com residência fixa em São José. O 02 acompanhou Jorginho Mello e a deputada federal Carol De Toni pelo Oeste. Inicialmente em Herval d’Oeste, o berço político do governador.
Trajetória
Ainda muito jovem, Mello se elegeu vereador na cidade. Muito antes de seguir a carreira política, de fato, quando conquistou quatro vezes o mandato de deputado estadual, duas vezes de federal, chegou ao Senado e hoje é governador. Além desse evento do Rota 22, que é uma mobilização do PL por vários municípios catarinenses, o trio liberal foi a Treze Tílias.
Estamos em outubro, mês de Oktoberfest em Blumenau; Marejada em Itajaí; Fenarreco em Brusque; assim como também há festejos em Treze Tílias, o tirol catarinense.
Tripé
Lá estavam os três. Carluxo fez discurso, foi tietado, fez selfies, dançou, abraçou populares, deixando claro que, mesmo que o irmão primogênito, Flávio, venha a compor uma chapa presidencial como vice, ele disputará o Senado em Santa Catarina e não pelo Rio de Janeiro.
Liderança
Muito provavelmente porque pesquisas preliminares indicaram que as chances de Carlos Bolsonaro seriam bem melhores em território catarinense do que em solo carioca. Agora, o curioso é que 02, em uma de suas falas, lançou o nome de Carol De Toni ao Senado. Sugeriu, nas entrelinhas, uma dobradinha com a jovem líder do PL catarinense.
Liberais
E foi além. Afirmou que a trajetória dela será de grande sucesso em Santa Catarina, diferentemente do que vem sustentando o próprio governador, que preside o PL estadual. Jorginho Mello tem dito que uma vaga ao Senado é do PL, de Carluxo; e a outra seria do União Progressista, na figura de Esperidião Amin, que, aliás, também estava na abertura da EFAPI. Ao lado de outro senador, Jorge Seif.
Digerindo?
Amin circulou mais contido, mais na dele, sem estar muito sorridente, como normalmente ocorre. Talvez percebendo o quadro que se avizinha. Carluxo deixa Jorginho Mello numa situação delicada ao defender chapa pura ao Senado pelo PL.
Espaço
Aí só sobraria uma vaga de vice. Será que, circunstancialmente, estaria raciocinando o governador na possibilidade de entregar a vice para um pessedista, deixando os tradicionais rivais de mais de 40 anos em Santa Catarina, MDB e PP, fora da chapa majoritária? Essa é a indagação que está no ar.