Blog do Prisco
Manchete

Racha no clã

Não é novidade para ninguém que, quando Jorginho Mello recrutou o ex-deputado Paulinho Bornhausen para integrar o colegiado à frente da Secretaria de Articulação Internacional, além da contribuição administrativa, o único pedido que o governador fez ao ex-parlamentar foi que pudesse contar com apoio ou, quem sabe, com a simpatia do seu pai, o ex-governador e ex-senador Jorge Bornhausen.

Evidentemente, o filho assegurou essa solicitação, mas, com o passar do tempo, o que se observou foi que Jorge Bornhausen passou a assumir uma postura diametralmente oposta.

Primeiro em março deste ano, quando esteve no aniversário de João Rodrigues, em Chapecó, declarando apoio a ele. Isso já criou mal-estar no Palácio Residencial. Depois, além de reiterar esse respaldo ao prefeito de Chapecó, gravou um vídeo criticando a gestão integrada pelo próprio filho.

Climão

E aí, realmente, a relação do governador com o secretário azedou. Inclusive, logo na sequência, houve uma viagem ao exterior — Japão e China — onde a convivência foi absolutamente protocolar.

Alerta

Jorginho não o demitiu porque o prefeito Topázio Silveira Neto ponderou ao governador que isso só reforçaria as pretensões de João Rodrigues sob o aspecto eleitoral e o fortaleceria no contexto partidário.

Defesa

Só que agora, na sexta-feira, diante de Gilberto Kassab e dos governadores Ratinho Júnior, Eduardo Leite e Raquel Lyra, Jorge Bornhausen marcou presença no encontro nacional e reiterou a importância de candidatura própria em Santa Catarina.

Permanência

Não vai mudar nada. Paulinho não será defenestrado, mas terá que buscar novo abrigo partidário. Tanto ele quanto Topázio Silveira Neto, uma vez confirmada a candidatura de João Rodrigues ao governo do estado em 2026. Seguramente, eles não vão ficar para apoiá-lo.

Brecha

Ainda há possibilidade de uma convergência lá na frente — o próprio Gilberto Kassab admitiu —, mas deixou claro que a prioridade é lançar candidato ao governo.

Observando

Outra ausência notada no evento foi a do afilhado político de Jorge Bornhausen, o ex-governador e ex-senador Raimundo Colombo, que até aqui só marcou presença no evento de Lages, há três semanas. Em nenhum outro compareceu, mostrando claramente que não tem simpatia pela pré-candidatura de João Rodrigues.

Muita água

De qualquer maneira, essa questão envolvendo o PSD ainda vai render muito em Santa Catarina. E poderá, circunstancialmente, gerar uma segunda candidatura conservadora — a de João Rodrigues —, na expectativa de que, em um eventual segundo turno, pudesse até receber o apoio da esquerda.

Constrangimento

Uma situação que já vai constrangê-lo no primeiro turno, na medida em que o próprio PSD hoje ocupa três ministérios na Esplanada, em Brasília.

Por mais que Gilberto Kassab tenha reiterado que o partido não estará com Lula, o PSD integra o seu governo. E isso, evidentemente, será explorado já no primeiro turno, uma vez confirmada a candidatura de João Rodrigues — que, aliás, estreou na política filiado ao PDT de Leonel Brizola.

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