Santa Catarina esteve representada no 2º Fórum de Liderança Feminina Sindical Rural por uma comitiva de mulheres atuantes no setor em todas as regiões. O evento, promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e realizado pela Comissão Nacional de Mulheres do Agro, reuniu, durante dois dias de programação, na última semana, comissões estaduais de mulheres, Federações, Sindicatos Rurais e instituições parceiras de todo o Brasil.
A iniciativa visou fortalecer a presença feminina nos espaços de decisão e liderança sindical, promovendo a troca de experiências e o alinhamento de estratégias nacionais. A abertura do evento contou com a presença do presidente da CNA, João Martins.
A delegação catarinense foi liderada pela assessora jurídica sindical da Faesc e produtora rural, Andreia Barbieri Zanluchi, que participa ativamente dos debates voltados à ampliação do protagonismo das mulheres no agro. O grupo esteve formado por mulheres que ocupam a presidência dos Sindicatos Rurais do estado e dirigentes indicadas pelos vice-presidentes regionais da Faesc — todas produtoras rurais, engajadas e comprometidas com o desenvolvimento do setor.
“Participar desse fórum foi uma oportunidade ímpar para trocar experiências, ampliar conhecimentos e fortalecer nossa representatividade no agro. Esses espaços nos permitem planejar ações concretas e estratégicas para que as mulheres estejam cada vez mais presentes nos processos decisórios e, principalmente, para despertar o interesse pelo sindicalismo, incentivando que elas e suas famílias se associem aos Sindicatos Rurais. A Faesc está comprometida em trabalhar lado a lado com esse grupo de mulheres dirigentes, buscando ampliar o número de mulheres e também de suas famílias associadas, fortalecendo assim toda a base sindical”, ressaltou Andreia.
Andreia complementou, ainda, que Sistema Faesc/Senar reconhece e valoriza o protagonismo feminino no meio rural e avança diariamente na missão de fortalecer competências, tanto nas atividades operacionais quanto na gestão e no empreendedorismo.
As ações do Sistema Faesc/Senar e dos Sindicatos Rurais voltadas ao público feminino abrangem treinamentos exclusivos para mulheres, programas de capacitação e iniciativas estratégicas para o desenvolvimento de lideranças. “Essas ações não apenas qualificam e fortalecem o protagonismo feminino no campo, mas também têm gerado resultados concretos, despertando um interesse cada vez maior das mulheres pelo aperfeiçoamento profissional, pelo empreendedorismo e pela conquista de novas oportunidades no meio rural. Ao investir na formação dessas lideranças, fortalecemos o setor como um todo e impulsionamos o crescimento sustentável das comunidades rurais”, ressaltou o presidente do Sistema Faesc/Senar, José Zeferino Pedrozo.
CONFIRA COMO FOI O 2º FÓRUM DE LIDERANÇA FEMININA SINDICAL RURAL
Para Stéphanie Ferreira, presidente da Comissão Nacional de Mulheres do Agro, o evento demonstrou a maturidade e o alinhamento das representantes estaduais com as diretrizes nacionais. Ela reforçou a importância da atuação estratégica das mulheres no setor. “Foi gratificante ver o amadurecimento das lideranças femininas, que vêm das bases com cada vez mais clareza do papel estratégico que ocupam. Cumprimos a missão de fortalecer nossa representatividade no agro, mais uma vez”.
TRANSFORMAÇÃO
No painel “Oportunidades de representação em comissões e grupos estratégicos”, as painelistas mostraram que ocupar esses espaços é essencial para transformar a agro com diversidade e visão integrada.
Lia Dugnani, presidente do Comitê de Bacia do Rio Grande, enfatizou o impacto da ocupação de espaços pelas mulheres. “Temos capacidade e responsabilidade para contribuir com a gestão de recursos e a sustentabilidade do setor”, afirmou.
Já Gabriela Tonial, diretora do Sindicato Rural de Sananduva (RS), reforçou o papel da educação como ferramenta de renovação geracional. “Nosso desafio é convidar os jovens a viver o agro e mostrar a nossa realidade”, disse.
Hilda Losch, da Comissão Estadual de Sustentabilidade da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), pontuou que a comunicação precisa ser estratégica e bem estruturada. “Precisamos dizer claramente o que precisamos e nos capacitar para isso”, afirmou.
A moderação do painel foi feita pela vice-presidente da Comissão Nacional de Mulheres do Agro, Antonielly Rottoli, que destacou o objetivo coletivo do fórum. “Esse painel busca mostrar o movimento de fortalecimento que estamos fazendo, ou seja, dando vozes a mulheres, corroborando representatividade”.
COP 30
Em seguida, a assessora técnica de Sustentabilidade da CNA, Amanda Roza, apresentou as perspectivas para a COP 30, que será realizada no Brasil, em 2025. Ela explicou como a programação do agro brasileiro na conferência será estratégica e conectada com os desafios globais.
EDUCAÇÃO
Teodora Lutkemeyer, da diretoria governamental da Associação De Olho No Material Escolar (DONME), apresentou a importância da qualidade da educação como ferramenta de transformação para o país.
“Só uma educação com foco na eficácia da aprendizagem e na conexão com o setor produtivo é capaz de garantir desenvolvimento, renda e perspectivas reais para as novas gerações”.
COMUNICAÇÃO
O especialista em estratégia e comunicação, Paulo Crepaldi, ressaltou que a comunicação é uma aliada central das mulheres no agro. “É preciso ocupar espaços também com narrativas fortes. Sejam a voz que irá inspirar outras mulheres”, afirmou.
Documento – Na reta final do evento foram apresentados os resultados da oficina “Desafios, compromissos e futuro da atuação feminina sindical rural”.
Liderado pelos consultores da Track4Target, Eduardo Perone e Andy Barbosa, o momento formalizou a entrega de uma carta com desafios e compromissos pactuados pelas participantes, além de uma visão de futuro compartilhada.
O documento consolida o reconhecimento dos principais obstáculos que ainda limitam a participação plena das mulheres nos espaços de representação e decisão do setor.
Antonielly Rottoli reforçou o compromisso de levar o documento adiante. “O comprometimento não é só com o que está no papel. Vamos trabalhar para criar soluções efetivas”.
*Com informações da Assessoria do Sistema CNA/Senar
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