Coluna do dia

Seletivos e tendenciosos

Para variar, as supremas togas brasileiras seguem agindo de forma seletiva e tendenciosa. Parcial mesmo. Explica-se a mais nova investida, enviesada, do Supremo Tribunal Federal, ocorre no momento dizer, no momento em que o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, Serginho Cabral para os íntimos, condenado a quatrocentos e poucos anos de xilindró; mais figuras do calibre de Zé Dirceu, José Genoíno, Renan Calheiros, essa bandidagem do mais “alto” nível no Brasil, está livre, leve e solta.

Inclusive o próprio Lula da Silva, que não só foi solto como foi guindado de volta à cadeira presidencial. Isso tudo acontecendo e agora vêm os nobres do STF com esse negócio da prisão de Fernando Collor de Mello? Que papo é esse? Que brincadeira é essa?

Seria porque o alagoano foi o primeiro a derrotar o Lula lá em 1989, quando da volta das eleições diretas para presidente neste país?

Agravante

Ou haveria outro componente, como o apoio de Collor em favor de Bolsonaro e contra Lula em 2022?

Ou ainda, não se sabe o que é pior, porque Collor é primo do Marco Aurélio de Mello, que até há pouco tempo era o decano do Supremo.

Excessos

E com todo o conhecimento de causa, tem criticado os excessos do Supremo e de Alexandre de Moraes, que estão a exorbitar completamente em suas atribuições?

Viés

Sim, porque as ilegalidades e as inconstitucionalidades, o rigor, vão somente na direção dos adversários do regime, e olha que um Judiciário não poderia ter adversários. A parcialidade está escancarada, à luz do dia. Na outra ponta, observa-se a complacência dos super-togados para com os aliados.

Perguntinha

Onde nós estamos? Esse contexto ditatorial reunindo o consórcio Supremo-Planalto está envergonhando o Brasil no exterior.

Tripé

É muito descaramento, é muito atrevimento, é muita petulância. Não se pode esquecer, também, que o ex-presidente da República já estava se deslocando para cumprir a pena. Mesmo assim, a Polícia Federal foi atrás dele. Que espetáculo circense. E deprimente.

No limits

Então, realmente, a situação está passando de todos os limites. Enquanto o consórcio deita e rola, vemos um Congresso acovardado, presidido por dois pulhas, que atendem pelos nomes de Davi Alcolumbre, cuja ficha corrida é longa e de muito conhecida; e o outro que agora começa a revelar a sua própria face, mais sujo do que pau de galinheiro, o presidente da Câmara, Hugo Mota.

Famiglia

O deputado, aliás, já começa a ficar conhecido não só pelo seu próprio comportamento, ou má conduta, mas por causa do pai, da mãe, do padrasto e da madrasta. Dá para acreditar? Que palhaçada é essa?

Festa

Se não bastasse esse festival todo, agora estão indo para o exterior de novo, para participar de palestra aqui, convescote ali.

Conta cara

Trocando em miúdos: a farra está liberada, quase que generalizada, e o povo vai pagando cada vez mais caro pelo pão nosso de cada dia. Basta entrar na padaria e ir ao supermercado, os preços são assustadores. Sem falar na falta de escola, segurança, saúde e estradas. Depois alguns políticos se queixam que a imagem da classe está na lona.

Também, pudera!

 

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