Megaempresário, marqueteiro de mão cheia e outras coisitas más, Luciano Hang fez uma live, ontem, para tratar de um assunto importante, imperioso e que tem atormentado o Brasil e o mundo: os moradores de rua.
Por mais que o objetivo da iniciativa possa ter sido nobre, ela enseja vários questionamentos.
O primeiro e principal: o que Luciano Hang entende, de fato, a respeito do tema para uma transmissão dessa natureza? Qual o objetivo desse debate?
Nunca é demais lembrar que Hang está inelegível. Com esse tipo de coisa, ele estaria apenas querendo aparecer, o que lhe é característico, ou há outras coisas por trás disso tudo?
Há quem especule que ele poderia vir a respaldar o projeto de João Rodrigues ao governo.
Também vale refrescar a memória. Em 2022, por pouco Luciano Hang não compôs uma chapa, concorrendo ao Senado com o próprio João Rodrigues, ao governo, e Clésio Salvaro, de Criciúma, de vice. Ou seja, Hang estaria liderada pelo prefeito de Chapecó e que disputaria contra Jorginho Mello
Outro aspecto: o Grupo Havan, na própria figura de Hang, marca presença constante na Secretaria da Fazenda. Desde há muito tempo, há vários governos. Por que? Porque o empresário tem seus interesses que passam pelo crivo fiscal do governo do estado.
Neste cenário, ele vai se arriscar a apoiar João Rodrigues e ficar contra Jorginho Mello?
Por fim, também chamou a atenção a composição da live. Hang convidou João Rodrigues, prefeito da sexta maior cidade catarinense, mas deixou de fora o prefeito da Capital – o convidado foi o secretário de Assistência Social, Bruno Souza. Deixou de fora, ainda, os prefeitos de Joinville, Adriano Silva, e de Blumenau, Egídio Ferrari. Estranho, muito estranho.
