Vereadores de Imbituba aprovam Vale-Alimentação de R$ 1.500 e Vale-Saúde de R$ 1.093 — população chama de “Vale da Vergonha”
Após duas semanas de intensa mobilização, a Câmara Municipal de Imbituba aprovou, no dia 27 de outubro de 2025, o projeto de lei que cria novos benefícios para servidores e vereadores: um Vale-Alimentação de R$ 1.500 e um Vale-Saúde de R$ 1.093.
A população apelidou a decisão de “Vale da Vergonha”, por entender que os valores beneficiam diretamente os próprios vereadores, em um momento em que a cidade enfrenta problemas graves em saúde, educação e infraestrutura.
Vereadores aprovadores
Todos os 13 vereadores votaram a favor do projeto, sem recuar diante da indignação popular. Entre eles estão: Darlan Back (PL), Ronaldinho (MDB), Thiago Rosa (Republicanos), Matheus Pereira (PSD), Humberto Carlos dos Santos (PSB), Bruno Pacheco (PSB), Teko (MDB), Rafael Mello (PL), Eduardo Faustina (PL), Matheus Gelinski (PL), Henrique Melo (PP), Paulo 7 (PSD) e Elísio (PP).
Projeto voltou à pauta e foi aprovado por unanimidade
O projeto havia sido pautado no início de outubro, mas foi retirado após forte mobilização popular, com manifestações nas redes sociais e presença de cidadãos nas sessões da Câmara.
Mesmo diante da pressão da comunidade, duas semanas depois o projeto voltou à pauta e foi aprovado por unanimidade. Para muitos moradores, a votação unânime representa uma afronta à vontade popular e evidencia o distanciamento da Câmara em relação à população.
Prioridades da cidade em segundo plano
O impacto financeiro ainda não foi divulgado oficialmente, mas estima-se que a despesa anual possa chegar a centenas de milhares de reais.
Enquanto faltam remédios nos postos, exames nos hospitais e manutenção das ruas, os vereadores decidiram garantir mais benefícios para si mesmos. Para a população, a decisão revela prioridades distorcidas e desconexão com as necessidades reais da cidade.
“Vale da Vergonha”
O apelido dado pela população se espalhou rapidamente e simboliza a indignação diante de uma medida vista como autobenefício disfarçado de valorização funcional.
Não há justificativa ética para que representantes eleitos, com salários garantidos, se premiem com novos benefícios pagos pelo contribuinte.
Conclusão
A aprovação do Vale-Alimentação e do Vale-Saúde ficará marcada como um dos episódios mais controversos da política local. Mesmo diante de protestos e rejeição popular, nenhum vereador votou contra.
O resultado foi unânime e amplamente repudiado pela sociedade. Enquanto o povo pede melhorias básicas, a Câmara escolheu cuidar do próprio bolso. Por isso, o episódio recebeu o nome que ficará registrado na memória da população: o “Vale da Vergonha”.


