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Ambiente econômico é melhor do que mostram as manchetes, diz Esteves

 “De uma maneira geral, estou com uma visão um pouco diferente do que estamos lendo nos jornais. Estou mais construtivo com o Brasil e um pouco mais preocupado com o mundo”, disse o chairman do BTG Pactual, André Esteves, durante encontro promovido pela Federação das Indústrias (FIESC), nesta quinta-feira, dia 23, em Florianópolis.

“A despeito de estarmos lendo diariamente notícias negativas, a situação brasileira está melhor no sentido de que o Brasil está no sexto ano de reformas. Fizemos avanços significativos na reestruturação da economia. Tudo isso significa que a economia vem mudando gradativamente o ambiente”, declarou, citando como exemplo de reformas aprovadas a da previdência e a trabalhista, além do Teto de Gastos, a Lei do Gás, a Lei do Saneamento, a Lei de Falências, a privatização da Eletrobras e o pacote de concessões na infraestrutura. “Acho que estamos andando. Não víamos um ciclo reformista desde o governo FHC”, afirmou André.

O presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, disse que é importante ouvir as boas notícias, especialmente nesse momento de tantas notícias negativas no mundo. “Temos sempre colocado a relevância da economia catarinense, que é o sexto PIB do país. Nossas pesquisas mostram que o empresário catarinense tem confiança na economia e a intenção de investir é maior do que a média brasileira”, afirmou, lembrando que a indústria catarinense é diversificada. “O principal destino das exportações são os Estados Unidos, o que mostra que somos uma economia competitiva e que podemos ser uma alternativa de fornecimento. Isso é promissor”, completou.

Apesar do cenário positivo, Esteves, do BTG, chamou a atenção para a inflação global, que cresceu com a pandemia e se agravou com a guerra Rússia-Ucrânia. A combinação disso trouxe choques nas cadeias produtivas globais e nas commodities, por exemplo, o que elevou a inflação global, explicou ele, salientando que a inflação dos Estado Unidos está em 8,5%, situação que não acontecia há 40 anos. “Já está assim há quase dois anos, num patamar inaceitável para uma economia como a americana”, ressaltou.

“O FED (Banco Central dos EUA) vai ter muito trabalho para trazer essa inflação para o centro da meta. E isso vai mexer na taxa de juros americana. A partir dessa resposta ao desafio inflacionário vai acontecer uma recessão maior do que as pessoas estão precificando”, acredita ele.

Em relação ao ambiente brasileiro, ele não acredita em recessão – até por conta da reestruturação pela qual a economia tem passado nos últimos anos. Mas salientou que a inflação causa sofrimento na sociedade brasileira, contudo, está em linha com o patamar vivido pelo mundo.

Mesmo diante do quadro inflacionário, o Brasil deve crescer cerca de 2% em 2022 e a taxa de investimento em relação ao PIB deve ser a maior dos últimos oito anos, com a taxa de investimento público sendo a menor dos últimos 40 anos. “Isso significa que o setor privado está investindo no Brasil, o que gera mais emprego, renda e pagamento de impostos”, disse.

foto>Fiesc, divulgação

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