Em discurso na Assembleia Legislativa em homenagem ao Dia do Trabalhador, o deputado estadual Antídio Lunelli fez um alerta sobre os desafios enfrentados pelos brasileiros no mercado de trabalho, com destaque para o avanço da informalidade e seus impactos na economia e no futuro da Previdência Social.
Lunelli destacou que a alta carga tributária sobre a folha de pagamento é um dos principais fatores que reduzem os salários dos trabalhadores e empurram empresas e profissionais para a informalidade. “O trabalhador brasileiro é penalizado por um sistema injusto. Os encargos sobre a folha corroem os salários e desestimulam a contratação formal. Isso alimenta a informalidade, fragiliza o trabalhador e compromete o futuro da nossa Previdência”, afirmou.
Atualmente, cerca de 40% da força de trabalho brasileira está na informalidade, segundo dados do IBGE — um contingente de aproximadamente 39 milhões de pessoas sem carteira assinada e fora da rede de proteção previdenciária. Para Lunelli, essa realidade exige reformas estruturais. “É preciso desonerar a folha e dar fôlego aos empregadores para que possam contratar com segurança jurídica e oferecendo melhores salários. A informalidade pode parecer uma solução de curto prazo, mas é uma armadilha para o futuro. Com quase a metade dos brasileiros na informalidade, quem vai sustentar a Previdência?”, pontuou o deputado.
Lunelli ainda criticou o governo federal pelas políticas assistencialistas. “É uma miopia, uma total falta de visão porque não há política social mais eficiente do que uma economia forte com empregos de qualidade. Mas o governo faz o contrário, gasta uma fortuna com bolsa isso, bolsa aquilo, e manda a conta para o empreendedor e o trabalhador pagar”, defendeu.
Escândalo do INSS revolta
Durante o discurso, o deputado também lamentou o escândalo envolvendo os descontos indevidos nos contracheques de aposentados e pensionistas do INSS. “É uma vergonha nacional. Esses brasileiros contribuíram por décadas e agora são vítimas de cobranças ilegais. É revoltante”, declarou.
Lunelli cobrou investigação rigorosa e punição aos responsáveis. “Isso não é falha técnica, é roubo. O mínimo que o Estado deve a essas pessoas é justiça. Cadeia para esses bandidos”, finalizou.
