Bem ao seu estilo, ponderado, articulado e inteligente, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, fez uma declaração importante durante evento em Nova Iorque, esta semana.
Segundo ele, “não existe direita sem Bolsonaro.” Na coluna de ontem, abordamos o avanço das negociações para que se forme outra grande federação partidária no país, com o MDB e o Republicanos.
Este último é justamente o partido de Tarcísio. E os próprios emedebistas já admitem a possibilidade de o 10, número que representa o Republicanos, estar na cabeça nacional.
O blogueiro avalia que tal possibilidade, a esta altura do campeonato, é remota, mas não totalmente impossível.
Isso porque Bolsonaro está, e tudo indica que continuará inelegível e a direita não tem outro nome com capacidade de derrotar Lula em 2026. Pelo menos no cenário de momento.
Envergadura
Ronaldo Caiado, do União Brasil (agora federado com o PP) é um homem preparado, mas vem de um estado de médio porte e é desconhecido da maioria do eleitorado brasileiro.
Perfil de vice
Romeu Zema, do Novo, foi muito bem reeleito em Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do país, mas também ainda não tem envergadura para um embate contra o atual inquilino do Planalto.
Caminho
Evidentemente, Tarcísio de Freitas tem uma reeleição bem encaminhada no maior e mais importante estado do país.
Abrindo mão
Contexto que dificulta um voo nacional. Ele certamente está raciocinando que, uma vez reeleito em São Paulo, será uma opção ainda mais forte e natural em 2030, quando não haverá mais Lula da Silva no páreo.
Muita calma
A manifestação de Tarcísio, enaltecendo Jair Bolsonaro, foi vista como uma resposta ao ex-presidente Michel Temer, histórico do MDB, partido que representa a outra ponta da federação que está nascendo.
Fator local
Temer é de São Paulo, muito experiente e certamente gostaria de ver sua federação na proa do país novamente. E uma eventual renúncia do atual governador paulista poderia abrir caminho para Ricardo Nunes, do MDB, também já figurando em pesquisas para o governo paulista, ter possibilidades reais de deixar a prefeitura e sonhar em se tornar governador paulista.
Ódio mortal
Não custa lembrar, ainda, que o PT odeia Temer, acusado pelos lulofanáticos de tramar a queda de Dilma Rousseff.
Recado
Por falar em PT, na Big Apple, o governador paulista deu uma alfinetada, com classe, claro, na gestão federal.
Cautela
Declarou que os investidores estrangeiros querem vir para o Brasil, mas estão cautelosos frente às incertezas econômicas e fiscais, uma das marcas do petismo nacional.
Assertiva
Em tempo: Temer tem razão ao afirmar que os governadores de direita deveriam se unir em torno de uma candidatura única para combater o lulopetismo.
Musculatura
Evidentemente, nas entrelinhas, o ex-presidente apontou para Tarcísio de Freitas, que tem números já consistentes nas pesquisas presidenciais, com vantagem sobre Lula e qualquer outro nome. De direita ou de esquerda.