Blog do Prisco
Destaques

Especialistas defendem reconhecimento de saberes informais na educação de adultos

Posição de professores do Reino Unido, África do Sul, México e Espanha foi defendida no Seminário Internacional SESI de EJA, na FIESC, em Florianópolis

Especialistas do Reino Unido, África do Sul, México e Espanha defenderam a educação ao longo da vida e o reconhecimento de saberes informais como estratégias para a inclusão social, o desenvolvimento econômico e a superação de desigualdades.

A posição foi reforçada nesta quarta (4), no segundo e último dia do Seminário Internacional SESI de Educação de Jovens e Adultos, realizado na sede da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC).

Educação ao longo da vida inclui cursos, formações e aprendizados no trabalho, em casa ou na comunidade, de forma contínua e para diversos objetivos, e não só na escola.

Reconhecimento de saberes informais pode acontecer, por exemplo, com alguém que aprendeu uma profissão na prática e consegue um certificado que comprova esta habilidade.

UNESCO

Katie Jones, do Reino Unido, consultora da UNESCO para Aprendizagem ao Longo da Vida, afirmou que o conceito se tornou essencial frente a desafios como avanço tecnológico e envelhecimento populacional. Segundo ela, no mundo, 754 milhões de adultos ainda carecem de alfabetização básica, e a solução passa por políticas flexíveis e reconhecimento de saberes prévios.

A sul-africana Nothando Ntshayintshayi apresentou o modelo de Reconhecimento de Aprendizagem Prévia (RPL, na sigla em inglês), que certifica conhecimentos adquiridos fora da escola formal e já beneficiou mais de 53 mil pessoas na África do Sul. Apesar dos avanços, ela apontou entraves como custo, complexidade e baixa confiança institucional.

Do México, Sérgio Cárdenas destacou os programas nacionais de validação de saberes voltados à alfabetização e educação básica, mas alertou para a baixa adesão devido à falta de conhecimento da população sobre os mecanismos disponíveis. O México, disse ele, também enfrenta evasão no ensino médio e déficit de mão de obra qualificada.

Imagem
c
Nothando Ntshayintshayi, da África do Sul, e Sérgio Cárdenas, do México, falaram no mesmo painel

UNIÃO EUROPEIA 

O espanhol Ernesto Villalba, do Centro Europeu para o Desenvolvimento da Formação Profissional, reforçou que o reconhecimento formal da aprendizagem não formal já é adotado em 32 países do bloco. Ele elogiou a atuação do SESI na área de EJA, classificando-a como “muito valiosa” e “avançada”, sobretudo por atender camadas sociais mais vulneráveis.

Posts relacionados

Vereadora Manu Vieira questiona criação de cargos na Câmara da Capital

Redação

MultiHospital marca seu primeiro ano com avanços na saúde da capital

Redação

Beiramar Shopping entrega valor arrecadado com o Estacionamento Solidário à APAE Florianópolis

Redação