Enquanto Alexandre de Moraes impõe uma série de medidas cautelares contra Jair Bolsonaro, o ex-prefeito de Balneário Camboriú segue ignorando tudo, olimpicamente.
Chamou atenção que até esta segunda-feira, três dias depois do ex-presidente Jair Bolsonaro ter sido constrangido pelo Supremo Tribunal Federal a usar tornozeleira eletrônica, numa espécie de prisão domiciliar, o atual secretário de Estado de Planejamento, Fabrício Oliveira, ex-prefeito de Balneário Camboriú, não tenha feito sequer um pronunciamento em defesa de Bolsonaro.
Fabrício usou e abusou da boa vontade do ex-presidente para tentar manter-se no poder. Forçou uma aproximação nas visitas de Bolsonaro e da primeira-dama Michelle Bolsonaro a Balneário, com direito a jantar privado. Dizem, nos bastidores, que sua entrada no governo Jorginho só se deu depois de um pedido de dona Michelle, intercedendo por Fabrício. A falta de manifestação pública cheira a ingratidão.
Para piorar o cenário, neste fim de semana – aniversário de Balneário Camboriú – Fabrício viajou a Cuiabá (MT), onde tirou uma foto com o governador de São Paulo, Tarcísio Freitas.
Fabrício ignorou até a presença do governador Jorginho Mello em ato oficial em sua cidade, Balneário Camboriú, em que ocorreu a sanção da lei que estadualizou o Hospital Ruth Cardoso. No palco estavam, com Jorginho e a prefeita Juliana Pavan, o presidente da Alesc, Júlio Garcia, a deputada federal Carol de Toni e os deputados estaduais Napoleão Bernardes, Paulinha, e Carlos Humberto – o pai, que representou o filho, um dos grandes entusiastas da estadualização.