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Manchete

Operação para salvar o mandato

O Partido Liberal lançou mão de uma manobra para salvar o mandato do deputado federal Eduardo Bolsonaro, já há alguns meses fixado nos Estados Unidos. Esse artifício, implementado pelos liberais, teve como protagonista a deputada catarinense Carol De Toni.
Sim, ela mesma, que está com sua posição eleitoral ameaçada por Carlos Bolsonaro na disputa pela candidatura ao Senado. A vaga, na composição a ser liderada pelo governador Jorginho Mello, estava reservada para a parlamentar.
Por ironia, a própria Carol De Toni abriu mão da sua condição de líder da Minoria na Câmara em favor de Eduardo Bolsonaro. Ela vai ficar como vice-líder e, claro, na ausência física dele, estará atuando em plenário como se líder fosse.

Gesto

Mas renunciou à sua condição na liderança para impedir que Eduardo Bolsonaro viesse a ser cassado, já que, na condição de líder, não há exigência da presença em plenário.

Consistência

A deputada catarinense, a cada instante, mostra que veio para ficar, que tem tamanho político e que pratica gestos de grandeza. Obviamente, ela poderia estar se sentindo incomodada, já que o 02 está na eminência de assumir o seu espaço na chapa majoritária em SC.

Mãos dadas

Mas não. Mesmo assim, ela estende a mão ao 03. Ou seja, a família Bolsonaro não terá como questioná-la se, lá à frente, na janela de março, ela desejar desembarcar do PL, filiando-se a um outro partido, como o Novo, para concorrer ao Senado, já que a segunda vaga na chapa liderada pelo governador Jorginho Mello está reservada ao representante da União Progressista, Esperidião Amin, candidato à reeleição.

Espectro

Consequentemente, Carol poderia tentar concorrer por fora, muito provavelmente apoiando Jorginho Mello, que é a tendência do Novo.

Pero no mucho

O que talvez não impeça o partido de lançar dois candidatos ao Senado contra Carlos Bolsonaro e Esperidião Amin. É que o deputado Gilson Marques também já lançou sua candidatura. Trocando em miúdos: esse expediente para preservar o mandato de Eduardo Bolsonaro, numa iniciativa de Carol De Toni, poderá deixá-la muito à vontade e até cacifá-la para buscar uma candidatura ao Senado, mesmo fora da chapa liderada pelo PL, partido ao qual pertence hoje.

São Paulo

Ou até, quem sabe, considerando as circunstâncias da postura assumida por Carol De Toni, a família Bolsonaro pode concluir que Carlos venha a concorrer em São Paulo, no espaço do irmão, que concorreria ao Senado pelo maior estado da federação.

Justiça

Dessa maneira, seria restabelecido o espaço e a posição que pertenciam a Carol De Toni como candidata ao Senado pelo PL, em dobradinha com Esperidião Amin.

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