No meio desta semana estaremos ingressando no mês de outubro. Portanto, a praticamente um ano das eleições de 2026.
A disputa presidencial, evidentemente, está na pauta. Lula da Silva, o candidato do PT e da esquerda, se movimentando de forma ostensiva em busca da reeleição e de um quarto mandato. Esse terceiro já é inédito.
De qualquer forma, ele deseja completar a sua trajetória política com quatro passagens pelo Palácio do Planalto. A direita, como sabemos, conta com várias alternativas, todas elas de governadores. Tarcísio de Freitas, do Republicanos de São Paulo; Ronaldo Caiado, do União Progressista de Goiás; Romeu Zema, do Novo Minas de Gerais e; finalmente, Ratinho Júnior, do PSD do Paraná.
Tarcísio de Freitas, que é o nome natural, puxou o freio de arrumação. Considerando-se aí toda a confusão provocada por integrantes da família Bolsonaro com as mais variadas declarações. De maneira mais contundente, da parte de Eduardo e Carlos Bolsonaro; de maneira mais suave, o primogênito Flávio.
Freio de arrumação
Cenário no qual o governador paulista achou por bem dar uma recuada e reafirmar sua recandidatura ao governo do estado. Também porque o republicano já estava sendo alvo do governo federal, do PT e da esquerda, que tem a plena consciência de que ele se constitui no grande adversário, temido até pelo Planalto, no próximo ano.
Paranaense
Com esse recuo estratégico de Tarcísio de Freitas, que ontem estaria visitando Jair Bolsonaro em prisão domiciliar na Capital Federal, Ratinho Júnior resolveu se movimentar com mais intensidade.
Mineiro
Romeu Zema, igualmente. Mas, com foco nas redes sociais e nos veículos de comunicação. Ratinho, não. Está mais agudo. Como tem um anfitrião forte em São Paulo, o presidente Gilberto Kassab, o paranaense manteve uma série de contatos com empresários e políticos, deixando claro que a sua intenção mesmo é disputar a Presidência da República.
Fora dessa
Perguntaram a Ratinho sobre o Senado no Paraná. Ele desviou completamente a atenção em torno desse projeto, dizendo que está concentrado em construir uma candidatura presidencial e que ela pode se tornar realidade, mesmo que Tarcísio de Freitas venha disputar a Presidência.
Aval do chefe
Nesse caso, ele teria que trocar de partido. Isso porque Kassab já deixou claro: se Tarcísio vier para a disputa – Kassab é secretário de Tarcísio em São Paulo –, o PSD respaldaria. Ratinho poderia até topar ser vice. É pouco provável que ele troque de endereço partido para enfrentar Tarcísio.
Potência
Até porque São Paulo tem quase um quarto do eleitorado nacional e dificilmente a eleição não passa pela locomotiva política e econômica do país.
Opções
Agora Ratinho de vice não é um nome preferencial. Claro que pesquisas serão realizadas para apontar se seria Romeu Zema, de Minas Gerais, o segundo o colégio eleitoral do país; ou, eventualmente, Ciro Gomes, do Ceará, que é o sétimo eleitorado.
Mão inversa
Ciro é canhoto. Seria aproveitado de maneira inversa; assim como foi Geraldo Alckmin em 2022 em relação a Lula da Silva. Teria também o nome de Ciro Nogueira.
Sempre eles
Esse encaminhamento, contudo, seria mais o interesse do centrão do Congresso querendo colocar um representante legítimo. Não seria uma solução eleitoral adequada. Existe o detalhe, que é a repercussão disso tudo em Santa Catarina.
Família PL
Na eventualidade de Tarcísio não concorrer à Presidência e Ratinho seguir para a disputa, resta saber se o PL vai lançar alguém, algum representante da família Bolsonaro, ou se vão buscar um outro nome. O Republicanos de Santa Catarina, nunca é demais lembrar, está sob controle e comando de Jorginho Mello.
Vizinhança
Então, com Ratinho candidato, João Rodrigues teria que oferecer palanque. Não poderia se identificar mais com Jair Bolsonaro, e seus seguidores.
Mas, João teria um candidato à Presidência de um estado vizinho.