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Conseleite, Sindileite e FAESC pedem medidas emergenciais para conter a crise do leite

            Em Comunicado à Imprensa distribuído nesta segunda-feira, as principais entidades de representação e defesa da cadeia produtiva do leite reivindicam, em caráter de urgência, a adoção de seis medidas por parte do Governo Federal  para amenizar as perdas de produtores rurais e indústrias para conter uma crise sem precedentes que vergasta o setor.

            Assinada pelos dirigentes Selvino Giesel (presidente do Conseleite/SC e do Sindileite/SC) e por José Zeferino Pedrozo (presidente da FAESC), a manifestação defende que o Ministério da Agricultura suspenda temporariamente as importações de leite em pó e queijo muçarela do Mercosul por pelo menos seis meses, entre outras providências.

            Na íntegra, o COMUNICADO À IMPRENSA – CRISE DO LEITE NO BRASIL:

O Conselho Paritário de Produtores e Indústrias de Leite de Santa Catarina (CONSELEITE-SC), juntamente com o Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Estado de Santa Catarina (SINDILEITE-SC) e a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC (FAESC), manifesta profunda preocupação com o agravamento da crise no setor leiteiro brasileiro.

O país vive um cenário de excesso de oferta de leite — tanto pela produção recorde nacional, impulsionada por boas condições climáticas e aumento da produtividade, quanto pelo aumento das importações de leite em pó e muçarela, principalmente do Uruguai e da Argentina. Essa combinação tem provocado forte pressão baixista sobre os preços, comprometendo a rentabilidade das indústrias e dos produtores rurais.

Para evitar o colapso do setor, o CONSELEITE-SC defende ações urgentes e coordenadas por parte do Governo Federal e dos Estados, entre elas:

  • Solicitamos ao Governo Federal, por meio do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), que suspenda temporariamente as importações de leite em pó e queijo muçarela do Mercosul por pelo menos seis meses;
  • Auditoria imediata nos Certificados Sanitários Internacionais (CSI) e nos critérios de qualidade dos produtos importados, com suspensão temporária das importações até a conclusão das verificações;
  • Compra pública estratégica de leite em pó e derivados, por meio da CONAB e do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), como forma de aliviar o excedente interno e estabilizar preços;
  • Harmonização dos sistemas de inspeção (SIF, SISBI, SIE e SIM), garantindo padrões sanitários equivalentes em todo o país;
  • Revisão da carga tributária do setor em Santa Catarina, para assegurar isonomia competitiva com outros estados;
  • Fiscalização rigorosa da rotulagem de produtos importados, assegurando conformidade com a legislação brasileira e tratamento igualitário frente às exigências impostas às indústrias nacionais.

O CONSELEITE-SC reitera que a cadeia do leite é estratégica para a segurança alimentar, o emprego e a economia do país, e que medidas rápidas e equilibradas são fundamentais para restabelecer a sustentabilidade do setor.

            Florianópolis, 01 de novembro de 2025. Selvino Giesel, presidente do Conseleite/SC e do Sindileite/SC. José  Zeferino Pedrozo, presidente da FAESC.

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