Blog do Prisco
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Hospitais filantrópicos levam demandas a parlamentares em Brasília

Encontro discutiu recomposição do teto de média e alta complexidade para atendimentos pelo SUS e o fortalecimento da rede hospitalar catarinense

Representantes das entidades que reúnem os hospitais filantrópicos de Santa Catarina participaram hoje, 4, em Brasília, de um encontro com parlamentares e autoridades da saúde para discutir temas prioritários para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) no estado. O Café com Parlamentares reuniu o presidente da AHESC (Associação de Hospitais do Estado de Santa Catarina), Maurício Souto-Maior, a presidente da FHESC (Federação de Hospitais e Entidades Filantrópicas de Santa Catarina), Irmã Neusa Lúcio Luiz, e o diretor-executivo das entidades, Alciomar Marin. Também participaram o secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi Silva, o coordenador do Fórum Parlamentar Catarinense, deputado federal Pedro Uczai, diversos deputados federais e assessores parlamentares, o vice-presidente da Confederação das Santas Casas de Misericórdia do Brasil (CMB), Flaviano Feu Ventorim, o superintendente da Federação Brasileira de Hospitais (FBH), Luiz Fernando C. Silva, e mais de 58 diretores de hospitais associados, demonstrando a ampla mobilização do setor hospitalar catarinense.

O principal tema debatido foi a recomposição do teto MAC (Média e Alta Complexidade), que define o limite financeiro destinado aos serviços de média e alta complexidade do SUS. O principal tema debatido foi a recomposição do teto MAC (Média e Alta Complexidade), que define o limite financeiro destinado aos serviços de média e alta complexidade do SUS. “Estamos entre os estados com menor teto proporcional do país, o que coloca em risco a manutenção de serviços essenciais. A recomposição não é apenas necessária, é urgente para garantir que possamos continuar atendendo com qualidade”, destacou Maurício Souto-Maior, presidente da AHESC.

Santa Catarina está entre os estados com menor teto proporcional de média e alta complexidade do país. A defasagem amplia as dificuldades financeiras enfrentadas pelos hospitais, que registraram aumento significativo de atendimentos nos últimos anos, sem o correspondente reajuste nos repasses federais. Irmã Neusa Lúcio Luiz, presidente da FHESC, afirma que “os hospitais filantrópicos de Santa Catarina enfrentam desafios crescentes devido à defasagem do teto de média e alta complexidade. Precisamos do apoio do governo federal para que possamos continuar atendendo a população com qualidade e dignidade”.

Durante o encontro, foi entregue um ofício ao coordenador do Fórum Parlamentar Catarinense, deputado federal Pedro Uczai, solicitando o apoio da bancada na interlocução com o Ministério da Saúde. O documento também aborda a necessidade de aprimorar a operacionalização das emendas parlamentares e assegurar fluxo regular na transferência de recursos, com o objetivo de garantir repasses adequados às instituições que atendem a população pelo SUS.

“O diálogo com o Fórum Parlamentar é fundamental para garantir previsibilidade e sustentabilidade aos hospitais filantrópicos. Essas instituições são responsáveis por grande parte dos atendimentos do SUS em Santa Catarina e precisam de segurança financeira para continuar prestando um serviço de qualidade à população. O encontro em Brasília reforça a importância da união entre o setor hospitalar, o poder público e os parlamentares em torno da saúde catarinense”, afirmou Alciomar Marin, diretor-executivo da AHESC-FHESC.

As entidades reforçam que o diálogo permanente com o poder público é fundamental para construir soluções conjuntas e fortalecer a rede hospitalar catarinense. A AHESC e a FHESC apoiando hospitais filantrópicos e trabalhando na criação de políticas públicas que promovam a sustentabilidade, a eficiência e a expansão do acesso aos serviços de saúde.