No Plenário do Senado, nesta terça-feira, 4 de novembro de 2025, o senador Esperidião Amin (PP-SC) prestou homenagem ao centenário de nascimento do historiador Walter Fernando Piazza (nascido em 6 de novembro de 1925, em Nova Trento-SC). Ao destacar o legado intelectual do professor, Amin afirmou: “Uma sociedade sem memória […] é uma sociedade muito pobre”, ressaltando o papel de Piazza como “farol da historiografia catarinense”.
O senador informou ter solicitado ao Conselho Editorial do Senado a inclusão e a reedição de Santa Catarina: sua História, uma das 27 obras do autor, para enriquecer a biblioteca e o catálogo da editora da Casa. “Se essa reedição ocorrer durante a celebração do centenário, será uma recompensa ao trabalho de Walter Fernando Piazza e um ganho para a sociedade catarinense”, disse.
Amin também registrou a programação em homenagem ao historiador no Museu da Escola Catarinense, em Florianópolis, até 7 de novembro, e lembrou os marcos simbólicos de novembro no Estado: o dia de Santa Catarina (25/11) e, no ano seguinte, a efeméride da adoção do nome do Estado. “Cabe a nós catarinenses manter vivo esse legado”, concluiu.
PRONUNCIAMENTO:
“Senador Chico Rodrigues, Sras. Senadoras e Srs. Senadores, eu assumo a tribuna para fazer um registro que muito nos orgulha.
Iniciamos hoje, em Santa Catarina, a celebração dos 100 anos do grande historiador catarinense, nascido na querida cidade de Nova Trento, terra onde viveu a nossa Santa Paulina, em Santa Catarina, Walter Fernando Piazza. E o registro que eu quero fazer, entregando inclusive à taquigrafia o seu inteiro teor, é como uma espécie de celebração do historiador, daquele que cuida da nossa memória. Uma sociedade sem memória, sem os registros dos fatos que construíram o seu momento atual, é uma sociedade muito pobre, às vezes empobrecida até por uma tragédia como uma guerra ou uma grande convulsão social.
É por isto que eu estou aqui: para celebrar o centenário do historiador Walter Fernando Piazza, nascido no dia 6 de novembro – ou seja, daqui a dois dias – de 1925. Ele foi um farol da historiografia catarinense, um farol cuja forte luz se projeta longe até os dias de hoje, quase uma década depois do seu falecimento. Foi livre-docente da nossa Universidade Federal de Santa Catarina, onde fui professor também. Escreveu 27 livros, e, destes, eu gostaria de ressaltar o livro Santa Catarina: sua História. Já pedi ao Conselho Editorial do Senado que essa obra viesse enriquecer a biblioteca e a editora do Senado. Nós, de Santa Catarina, nos ressentimos por poucas publicações prestigiadas pela nossa editora do Senado, e eu espero ver atendido esse pedido. Esta reedição, se acontecer durante a celebração do centenário, será uma recompensa para o trabalho de Walter Fernando Piazza, para todos aqueles que admiramos o seu trabalho ainda em vida e, especialmente, para a sociedade catarinense, a partir deste centenário, uma vez que o nome Santa Catarina fará aniversário neste mês de novembro, no dia 25, dia da santa; e, no ano que vem, a adoção do nome, como designação da nossa unidade da Federação.
Por isso, quero destacar que o Museu da Escola Catarinense, em Florianópolis, promove, até o dia 7 de novembro, uma série de eventos em homenagem ao centenário do nosso saudoso Prof. Walter Fernando Piazza. E registrar esse belo exemplo e grande legado é uma obrigação de todos nós catarinenses, que é o que o povo de Santa Catarina me autoriza a fazer desta tribuna.
Muito obrigado.”





