A Secretaria da Fazenda acaba de divulgar os números oficiais da arrecadação estadual no primeiro trimestre. A média dos três primeiros meses ficou em 4,23%, totalizando R$ 5,19 bilhões aos cofres públicos. Como a inflação do mesmo período ficou acima de 8%, o Centro Administrativo vem perdendo receitas e vai apertar os cintos, conforme já vinha alertando o governador Raimundo Colombo. Levando-se em conta o IPCA do período, o “crescimento” real negativo de -3,63%.
O secretário da Fazenda, Antonio Gavazzoni, vai na mesma toada. Ele ressalta que a arrecadação baixa tem forte impacto nas contas do Estado. “A relação entre a folha e a receita corrente líquida está prestes a passar o limite máximo estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Se isso ocorrer, estaremos sujeitos a diversas penalidades, entre elas não receber mais transferências da União”, adverte ele.
DIFERENÇA BRUTAL EM RELAÇÃO A 2014
Se os números de 2015 forem comparados com os de janeiro, fevereiro e março de 2014, a diferença é brutal. No mesmo período do ano passado, o incremento nos recursos foi de 17,6%.
Quanto mais o governo tiver que apertar os cintos, mais dificuldades políticas e administrativas enfrentará, por isso Gavazzoni e equipe prometem múltiplos esforços para fechar o ano com média de 10,5% no crescimento da arrecadação. A realidade adversa deve levar a Fazenda a incrementar diversas ações, como as auditorias (foto), fundamentais para a saúde do caixa estadual.
Confira o comparativo mês a mês:
2015
Janeiro: 4,89%
Fevereiro: 3,51%
Março: 4,25%
Acumulado: 4,23% (crescimento nominal)
Observação: Considerando IPCA do primeiro trimestre do ano anterior (8,13%) crescimento real é de -3,63%
2014
Janeiro: 14,09%
Fevereiro: 17,54%
Março: 17,53%
Acumulado: 17,67% (crescimento nominal)
Observação: Considerando IPCA do primeiro trimestre do ano anterior (5,19%), crescimento real é de 11,7%
Foto: SEF, arquivo, divulgação
