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PSD X PMDB: o fator LHS

No vácuo do abraço de Raimundo Colombo ao projeto eleitoral de Gelson Merísio, cardeais do PMDB reagiram de forma calculada. E light.  Apenas o presidente estadual, Mauro Mariani,  o vice-governador Eduardo Pinho Moreira, que faz parte do governo, e o deputado estadual Valdir Cobalchini se posicionaram.

Todos os olhos agora se voltam para a reunião peemedebista marcada para 6 de março. Certamente toda a cúpula comparecerá, inclusive as bancadas federal e estadual.

De acordo com  Cobalchini, o desconforto é generalizado após a declaração do governador, levando ao telhado a expectativa do PMDB que se concretizasse um suposto acordo para o PSD apoiar o Manda Brasa na cabeça de chapa em 2018. Nem poderia ser diferente.

Evidentemente que havia um entendimento implícito acerca da figura do ex-governador Luiz Henrique da Silveira. Se vivo fosse, ele seria o candidato natural, carreando os mais diversos apoios, além de reunir excelentes perspectivas de vitória. A morte de LHS, contudo, sepultou essa possibilidade e o que estava previsto nas entrelinhas. O PSD liberou geral neste contexto.

Luiz Henrique Caixão

 Histórico

O PFL, hoje DEM e PSD, apoiou a reeleição de LHS em 2006. Raimundo Colombo conquistou o Senado. Em 2010 e 2014, o PMDB, pela primeira vez desde 1982, não lançou candidato ao governo. Apoiou Colombo nas duas vitórias, mantendo a hegemonia da tríplice aliança até o momento (15 anos). Fomentou-se, a partir daí, a história de que o PSD teria assumido compromisso de abrir mão em favor dos peemedebistas. Compromisso que nunca foi verbalizado por Raimundo Colombo e muito menos documentado.

 Esfriou

A declaração de Raimundo Colombo e o discurso de apoio a Gelson Merísio esfriaram  as relações com o PMDB. É previsível que haja manifestações mais acaloradas no dia 6 de março. Daí pra frente, tudo pode acontecer. Mas é fato que Colombo tem votos mais que suficientes na Alesc para aprovar o que quiser, independentemente da bancada do PMDB, que tem 10 parlamentares.

 Ver pra crer

Só vendo pra acreditar que a maioria dos deputados do PMDB, todos com interesses bem localizados no governo, venha a deixar a base de apoio na Alesc!

 Fragilidades

A verdade é que a morte de LHS abriu um rombo no casco da nau peemedebista. Nenhum dos quatro pré-postulantes da sigla tem o perfil do falecido líder. Essa bênção recai sobre  Raimundo Colombo. Dário Berger tem telhadaço de vidro. Eduardo Moreira nunca se destacou por expressivas votações e também tem suas fragilidades jurídicas. Mauro Mariani saiu chamuscado do pleito de 2016 e ainda não ganhou expressão. Quanto a Udo Döhler, apesar ter construído exemplar carreira empresarial, é neófito na política e teria que renunciar à prefeitura três meses antes da convenção homologatória.

 Incógnita

Para Udo renunciar com segurança ao mandato de prefeito, o PMDB poderia organizar uma pré-convenção em março, onde o nome do alcaide joinvilense seria aclamado. Estaria soterrada a insegurança política. Beleza. Mas quem conhece um pouquinho dos bastidores do PMDB, sabe que é absolutamente remota a possibilidade de Mauro Mariani e Dário Berger aceitarem tal encaminhamento.

Na foto> Eduardo Moreira (E) reencontra Raimundo Colombo (D) ante o caixão de Luiz Henrique, observado por outras lideranças, como o deputado Valdir Cobalchini (segundo da E para a D) e o prefeito Udo Döher (entre Cobalchini e Colombo).

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