O blog resgata essas imagens emblemáticas, de cinco dias atrás, quando o governador Jorginho Mello (PL) e o prefeito de São José, Orvino Coelho de Ávila (PSD), assinaram, com o Fonplata, um financiamento milionário para a construção da Beira-Mar de Barreiros.
Sem a parceria com o governo do estado, o alcaide josefense não conseguiria o acesso aos cerca de R$ 270 milhões para a obra, que é um sonho antigo.
E o que estaria por trás das lágrimas, elogios e sorrisos, principalmente da parte do prefeito?
Estaria ele se bandeando para os lados de Jorginho e deixando seu correligionário, e pré-candidato a governador pelo partido de Orvino, João Rodrigues, na estrada? Não custa lembrar que São José é o quarto colégio eleitoral de Santa Catarina.
Nos bastidores, as informações vão noutra direção. A jogada, calculada por experientes pessedistas, seria manter essa aproximação de Orvino com Jorginho até maio do ano que vem.

Depois, o prefeito declararia apoio ao prefeito de Chapecó. Nesse período, a intenção dos pessedistas é reforçar o caixa de São José, município que está em dificuldades financeiras.
Se isso for verdade e se concretizar lá adiante, o maior perdedor será o vice-prefeito, Michel Schlemper, do MDB. Ele é pré-candidato a estadual com a sinalização de que, em troca do apoio de Orvino de Ávila, o PL não lançaria candidato a estadual por São José.
Evidentemente que, se o prefeito roer a corda como se comenta em conservas reservadas, informação que, inclusive, já teria chegado aos ouvidos do governador, o PL lançará candidato à Assembleia em cima de Schlemper.
A conferir os desdobramentos. De qualquer forma, não por acaso, tem gente lembrando que a emoção de Orvino na quinta-feira passada nada mais eram do que lágrimas de crocodilo.
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