Blog do Prisco
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A ilusão do poder

O filósofo alemão Friedrich Nietzsche disse certa vez:
“Onde quer que eu depare uma criatura viva, encontrarei a vontade de poder.”

De fato, o poder sempre inebriou o homem. Não o poder para o bem, para a solidariedade, mas para a satisfação de interesses egoístas. O triste é que um poder sem moral se converte em tirania, e é justamente isto que está acontecendo em nosso país.

Em nome do poder, muita crueldade é praticada neste mundo, principalmente aqui no Brasil. Vidas inocentes são ceifadas, famílias inteiras são desestruturadas e verdadeiros líderes são destituídos. O que, porém, mais caracteriza o uso impróprio do poder é “roubar de muitos para poucos”, exatamente o que aconteceu agora contra os aposentados. Agora quem está com a palavra é este desgoverno corrupto, que mais uma vez se apropria de valores dos pobres em benefício dos seus aliados.

O filme da história humana tem personagens que se destacaram por seu poder insaciável.
Nero, implacável perseguidor dos cristãos, notabilizou-se por suas crueldades e orgias, a ponto de mandar matar a própria mãe e a mulher. Uma revolta militar forçou-o ao suicídio.

Alimentado por ambição expansionista, Napoleão Bonaparte foi levado ao poder por suas vitórias, mas era por novas conquistas que teria de manter-se. Com o passar do tempo, o sonho acabou, e morreu triste e solitário na ilha de Santa Helena.

Adolf Hitler, movido por uma política estribada no racismo, cometeu atrocidades sem conta. No dia 30 de abril de 1945, suicidou-se, após a tomada de Berlim.

Percebemos que o princípio é o mesmo nas três histórias acima: todos abusaram do poder de agir e investigar. Todos extrapolaram os limites dos direitos humanos e ficaram marcados na história.

Onde estão os personagens mencionados nos parágrafos precedentes? No pó da terra. É expressivo o número de homens e mulheres que abusaram e abusam do poder a eles confiado, ou obtido por meio da força. Mais alguns personagens atuais estão se unindo a este grupo de pessoas inescrupulosas, e passarão também para o pó da terra.

Seria bom que todas as pessoas que ocupam cargos de poder desenvolvessem a simplicidade e a modéstia. É possível exercer autoridade de forma simples e respeitosa e desfrutar das coisas sem se apossar delas. Você não precisa ser o proprietário de tudo e o dono de todos.

O desafio de nossas autoridades nos dias de hoje é não alimentar a opressão sobre os outros e liderar com dignidade.
O desafio está lançado.

RICARDO WINTER
ricardof.winter@gmail.com