A propaganda de bebidas alcoólicas deveria ser imediatamente proibida nos meios de comunicação.
É iminente a necessidade de redução do consumo de álcool no país, para tanto, se faz necessário que se imponha restrições que deveriam nortear a propaganda de bebidas alcoólicas.
Além da necessidade de não incentivar o consumo, as propagandas não poderiam jamais relacionar o álcool, à prática de qualquer modalidade de esporte, à exposição de veículos modernos e potentes, à suposta vitalidade sexual ou a qualquer outra coisa que possa causar ilusão.
Outros aspectos precisam ser inflexíveis nos casos de regulação na área, como a proibição da inclusão de crianças ou adolescentes em comerciais, bem como promover a propaganda de bebidas alcoólicas ligadas a quaisquer tipo de composto medicinal, relaxante ou estimulante.
Regular as restrições quanto às propagandas ligadas ao consumo de álcool, não pode ser a única forma de restringir o consumo, principalmente deliberado, cabendo as instituições governamentais reguladoras, incentivar políticas de prevenção ao consumo, evitando as costumeiras negativas conseqüências do uso do álcool, como: aumento da violência doméstica, aumento da criminalidade, aumento de acidentes de trânsito, evasão escolar, problemas de saúde, etc.
O poder econômico/financeiro da indústria do álcool é mais influente e poderoso do que a pressão dos pais para que os filhos se prostituam, vendam doces pelas ruas, cometam pequenos furtos, tudo causado pelo consumo excessivo do álcool.
A regulação de propagandas de consumo de álcool não pode descartar as bebidas com menor teor alcoólico, que são como todas as bebidas, a porta de entrada para o consumo de outras drogas.
A imposição de restrições quanto a horário de veiculação de propagandas, programas ou quaisquer exposição do álcool, devem ser cada vez mais rígidas.
O poder econômico/financeiro da indústria do álcool é mais influente e poderoso do que a fome e o medo que muitos filhos tem ao verem os seus pais chegarem em casa sem alimento, por terem gasto tudo em bebida, além do medo de apanharem violentamente do pai que chega alterado em seu estado emocional/psicológico, causado pelo consumo excessivo do álcool, todas as noites, madrugada à dentro, o que também impossibilita a qualidade de estudo dos filhos em sala de aula.
Não existe quantidade segura no consumo de álcool, quando alguém dirige um veículo escolar com os nossos filhos, não existe quantidade segura no consumo de álcool, quando quem amamos esta em um avião com um piloto alcoolizado, ou seja, não se tem uma margem de segurança em relação a nenhuma situação que envolva o consumo de álcool.
Sendo assim, o ideal é não consumir bebida alcoólica.
O poder econômico/financeiro da indústria do álcool é mais influente e poderoso do que os milhares pais de família que perdem seus empregos diariamente, causado pelo consumo excessivo do álcool, que impede cumprir a carga horária determinada, manter a assiduidade, a qualidade do serviço prestado, além de incontáveis afastamentos periciais, etc.
Necessário que nas embalagens, no rótulo e nas propagandas de bebidas alcoólicas, constem advertências sobre a proibição de venda para menores de 18 anos, bem como fotos e descrição clara dos malefícios (acidentes e carro, agressões físicas, perda da consciência, etc), decorrentes de seu consumo para qualquer idade.
A venda de bebidas alcoólicas para menores de dezoito anos, assim como dirigir veículo sob a influência de álcool, devem ter punição significativa e exemplar.
O poder econômico/financeiro da indústria do álcool é mais influente e poderoso do que o sofrimento silencioso do pai que enterra um filho vítima do acidente de trânsito causado pelo consumo excessivo do álcool, aliado a condução irresponsável de veículos.
A associação entre o alcoolismo e várias doenças, não pode ser desconsiderado, o que inclusive tem aumentado consideravelmente os índices de tais doenças: câncer, cirrose hepática, pancreatite, problemas cardiovasculares e distúrbios psiquiátricos.
A indústria cervejeira e de outras drogas lícitas, exercem forte pressão sobre políticos e suas campanhas eleitorais, emissoras de televisão, rádios, etc.
O poder econômico/financeiro da indústria do álcool é mais influente e poderoso do que o sofrimento silencioso da mulher que sofre a violência doméstica, causada pela dependência do marido em relação ao álcool.
Até quando a “sociedade organizada”, clubes de serviço, entidades filosóficas/filantrópicas irão ficar “assistindo” de camarote a degradação humana, vista nas ruas/bancos/marquises da cidade ?
Quando às igrejas/templos irão realmente colocar em prática os ensinamentos bíblicos e de outros livros sagrados, trabalhando exclusivamente pela melhoria da sociedade, sem paixões filosóficas/políticas, todos imbuídos unicamente em prol do ser humano, do “irmão” com fome, sede, sujo, sem rumo, sem destino, que vê as possibilidades “embaralhadas/distorcidas”, pelo efeito do álcool, adquirido a baixo preço em todas as esquinas do país. Vale registrar que muito é feito em relação a prevenção e tratamento de drogas, com o apoio de igrejas realmente comprometidas com o desenvolvimento social, exemplo são diversas comunidades terapêuticas de qualidade, que são custeadas por entidades religiosas.
Até quando circularemos pela cidade com nossos carros, com vidros fechados, blindados do “olhar” do irmão que pede ajuda ?
Até quando o morador de rua, o dependente químico será tratado como inimigo ?
…e aqueles dependentes de álcool e outras drogas que consomem no conforto dos seus lares e festas privadas, onde também acontecem diversos problemas/crimes (estupros, prostituição infantil, etc), após o consumo excessivo, apesar de estar longe da vista dos outros ?
A maioria dos políticos, que no carnaval se divertem em camarotes da indústria cervejeira, muitos patrocinados em suas campanhas políticas, não sabem depois de eleitos, como resolver os problemas do álcool na sociedade, sequer saber qual a diferença de uma comunidade terapêutica ou clínica. Não sabem que internação compulsória não se faz em espaços abertos/presença voluntária como nas comunidades terapêuticas. Promovem audiências públicas sem convidar entidades que conhecem do tema, como os conselhos estaduais e municipais de políticas sobre drogas, bem como criam leis em relação ao consumo de drogas, sem que a mesma tenha efeito prático, pois criada por populismo eleitoral.
Vamos fortalecer o PROERD, que é colocado em prática pela valorosa Polícia Militar de Santa Catarina.
Vamos fortalecer o Escotismo, Desbravadores, Demolays, Filhas de Jó, Emaús, bem como tantos outros grupos jovens que trabalham a prevenção às drogas, incentivam os estudos, promovem a formação de caráter. Vamos incentivar os jovens a participarem de movimentos/grupos que trabalhem a formação saudável do jovem, pelo esporte, artes, religiosidade, etc.
Troque a sua cerveja, chopp, vinho, cachaça…por um livro para o seu filho !
Troque a sua cerveja, chopp, vinho, cachaça…por um lazer com o seu filho !
Troque a sua cerveja, chopp, vinho, cachaça…por um cinema ou teatro com o seu filho !
Troque a sua cerveja, chopp, vinho, cachaça…por um parque de diversos com o seu filho !
Deixe o seu filho longe das drogas, para tal, não freqüente locais em que ele presencie o consumo pelo pai, não mande ele comprar bebida na esquina de casa para você ! Não incentive o consumo !
VIVA FELIZ ! VIVA SEM CONSUMIR BEBIDAS ALCÓOLICAS QUE SÓ TRARÃO COISAS RUINS PARA SUA VIDA E DE QUEM VOCÊ AMA !
Fernando Henrique da Silveira
– Advogado, Jornalista, Funcionário Público Estadual e Radialista;
– Doutor em Ciências Jurídicas e Sociais;
– Presidente (2021 – 2025) e Vice-Presidente (2019 – 2021 e 2025 – 2027) do Conselho Estadual de Entorpecentes de Santa Catarina – CONEN/SC;
– Palestrante sobre Políticas Públicas sobre Drogas.
e-mail: fernandohsilveira@hotmail.com
Fone: 48-984578842