ACIF defende ação diplomática diante de tarifa dos EUA sobre produtos brasileiros
A Associação Empresarial de Florianópolis (ACIF) acompanha com preocupação a sinalização do governo dos Estados Unidos sobre a imposição de tarifa de 50% para produtos brasileiros. Em 2023, Santa Catarina exportou mais de 1,7 bilhão de dólares para o mercado norte-americano, sendo esse um dos principais destinos dos produtos fabricados no estado.
A medida, se confirmada, pode gerar impactos diretos em setores estratégicos da economia catarinense, como madeira, móveis, peças para motores e cerâmica. São segmentos que já enfrentam forte concorrência internacional, inclusive de países com menores barreiras tarifárias, o que torna a permanência no mercado americano ainda mais desafiadora.
Para Thiago Raitez, diretor de Assuntos Internacionais da ACIF, o cenário exige atenção e ação coordenada. “Estamos diante de uma medida que pode comprometer a estabilidade de cadeias produtivas inteiras em Santa Catarina. É preciso que o Brasil atue de forma estratégica, utilizando os canais diplomáticos para preservar o acesso a esse mercado e garantir condições mais equilibradas de concorrência”, avalia Thiago.
A ACIF reforça que a manutenção dessa tarifa tende a desestimular investimentos, reduzir o faturamento de empresas que têm os Estados Unidos como principal destino de exportação e afetar diretamente a geração de empregos. A entidade entende que o governo brasileiro deve atuar por meio da diplomacia, especialmente a diplomacia comercial, para evitar prejuízos ao país e, em particular, à economia de Santa Catarina.