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Acusada de ser milionária, aluna do Universidade Gratuita sobrevive com estágio e renda da família de agricultores

Uma aluna de Direito da Unoesc, moradora da zona rural de Luzerna, foi injustamente envolvida em uma polêmica nacional após ser apontada com patrimônio superior a R$ 800 milhões em um relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE-SC). Segundo o documento, ela e outros 17 estudantes teriam patrimônios milionários — informação que, agora se sabe, é fruto de erro grosseiro de digitação.

A Secretaria de Estado da Educação identificou que houve falhas na digitalização dos dados patrimoniais enviados pelos próprios estudantes. Ao transferir as informações do papel para o sistema, vírgulas foram posicionadas incorretamente, inflando os valores declarados e criando uma falsa impressão de riqueza.

O erro chamou atenção do Governo do Estado logo na primeira leitura do relatório, já que era ilógico que alunos que solicitam bolsas por vulnerabilidade socioeconômica apresentassem patrimônio tão elevado. A resposta veio com agilidade: todos os 18 casos foram verificados in loco e o equívoco foi confirmado.

“Eu recebi um vídeo da família de Luzerna e me indignou. Uma família de agricultores acusados de ter se beneficiado de bolsa gratuita e ter milhões na conta. A mãe da aluna nem sabia quanto era esse valor. Uma injustiça”, disse Jorginho Mello.

A Secretaria de Estado da Educação está finalizando um relatório técnico para responder oficialmente ao TCE-SC. Paralelamente, o Governo do Estado encomendou à Polícia Civil uma apuração rigorosa sobre os mais de 50 mil bolsistas do programa Universidade Gratuita, com o objetivo de garantir a lisura do processo.

“Se houver qualquer fraude, mesmo que isolada, vamos agir com firmeza. Mas não podemos cometer injustiças com quem realmente precisa. O Universidade Gratuita é o maior programa de democratização do ensino superior do Brasil e vamos protegê-lo com responsabilidade e justiça”, concluiu o governador.

SAIBA MAIS:
No dia 25 de junho, logo após o TCE divulgar o tal relatório que enxovalhou o nome de pessoas e poderia comprometer um programa inédito no Brasil, o blog foi o único veículo a se posicionar firmemente contra o uso politiqueiro da corte, algo, aliás, que segue sendo recorrente. Até quando assistiremos tanta irresponsabilidade? Os conselheiros e a área técnica do Tribunal deveriam parar para pensar e repensar suas atiudades e a forma como vem divulgando – em alguns canais que viraram diários oficiais – seus relatórios e despachos. Sob pena de caírem em absoluto descrédito. Antes dessa pantomima envolvnedo o Universidade Gratuita, não podemos esquecer do “caso” Moisés Diersmann, que foi tragado por uma crise artificial.

Confira:

O Universidade Gratuita e o uso politiqueiro do TCE

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