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ALIANÇAS POLÍTICAS PELA DEMOCRACIA, CIVILIDADE E PROSCRIÇÃO DA BARBÁRIE

Ruy Samuel Espíndola

Para os patrícios que integram os setores democráticos e progressistas, e que se opõem ao atual governo nacional, e que, entre si, por questões ideológicas, cobram-se em responsabilidades pelas opções políticas e eleitorais de maio 2016 e/ou outubro de 2018 e atacam-se, mutuamente, de radicais ou arrependidos, lembro que na segunda guerra mundial as forças aliadas se compuseram de batalhões do mundo capitalistas e do mundo comunista, para vencerem o fascismo e o nazismo (as forças do eixo).

E só, e somente só por isso venceram a guerra, resguardaram a liberdade, a democracia e nos livraram do nazifascismo.

E ainda lembro exemplo diverso, onde não houve coalizações libertárias estáveis durante o conflito e se aprofundou o cisma e o dissenso entre as forças democrático-progressistas: a guerra civil espanhola, que antecedeu a segunda guerra mundial e foi balão de ensaio, em muitos aspectos dessa – as forças anti-fascistas (comunistas, anarquistas, liberais) que não se uniram e mesmo se atacaram, foram derrotadas por Franco e pelo fascismo espanhol.

Olhemos para os exemplos da história e avaliemos bem a “meta optata” urgente, atual, em solo pátrio: volta da civilidade, defesa intransigente da democracia e seus valores. A própria defesa da vida, em meio a maior pandemia que o mundo e o Brasil já viveram, depende desta união de forças democráticas.

Unamo-nos nessa luta, nem que para as próximas batalhas, em 2022, estejamos em lados politico-eleitorais diversos.

Todavia, neste grave momento, a união é fundamental entre as forças democráticas (da esquerda, centro ou direita), senão, em nossa Nação, embora não vencerão redivivos Franco, Mussolini ou Hitler, mas ideias e valores muito próprias ao tempo deles, como a disseminação do ódio, a perseguição à dissidência e a aguda fragilização das instituições democráticas, nos varrerão, hoje, em 2022, e por muitas décadas. O desprezo à vida, à ciência e o incentivo a práticas sociais morticidas já estão entre nós… e fazendo centenas de vítimas a cada dia…

Democratas, unamo-nas pela Democracia e pelos valores civilizatórios que só ela permite nascer e se ocupa de os cultivar e os defender.

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