Coluna do dia

Alternativa Amin

Sacramentada a renúncia de Eduardo Cunha da presidência da Câmara e já se fala em pelo menos uma dúzia de nomes para substituir o enrolado ex-comandante da Casa Legislativa.

Entre eles, um catarinense. O ex-governador Esperidião Amin (PP) que está se apresentando como nome independente, sem qualquer vinculação com esquema político de Cunha, que deseja eleger o sucessor. Ele tem boa aceitação em várias bancadas, mas sofre resistências dentro do seu próprio partido, o PP. Mas mesmo assim vai se apresentar como candidato na segunda-feira, em reunião com os parlamentares correligionários, em Brasília.

O ex-governador votou em Eduardo Cunha para a presidência da Câmara. E diz para quem quiser ouvir que o peemedebista fez uma boa gestão, mas seu histórico pessoal tornou a situação insustentável.

Amin defende que é preciso haver um desfecho nessa situação, culminando com a cassação de Cunha. E já abriu voto em favor da degola do ex-presidente.

 

Linha sucessória

Vale lembrar que o presidente da Câmara dos Deputados a ser eleito em mandato-tampão será o substituto imediato de Michel Temer, uma vez que Dilma Rousseff está afastada e deve ser impedida definitivamente em agosto.

 

Por pouco

Para quem não lembra, Esperidião Amin poderia ter sido presidente da República. Ele foi o primeiro a ser convidado para ser vice de Fernando Collor, em 1989. Como o catarinense declinou, o alagoano convidou Márcia Kubitschek, filha do ex-presidente Jucelino. Ela também não aceitou, mas o mineiro Itamar Franco concordou. E administrou o país por mais de dois anos.

 

Profissional

Michel Temer assinou a portaria de nomeação de Vinícius Lummertz na quinta-feira passada. Nesta terça, chamou Mauro Mariani e mostrou o ato já pronto e que foi publicado na quinta no Diário Oficial. Ou seja, o presidente em exercício marcou pontos com um deputado influente e presidente de diretório estadual do partido. Coisas de profissional da política.

 

Em tempo

Michel Temer parece ter aprendido a lição, depois de perder três ministros, suspeitos de práticas inconfessáveis, em um mês. O presidente, embora venha tratando os correligionários catarinenses com deferência, não nomeou e nem vai nomear Djalma Berger para a Eletrosul. Até porque, na contabilidade dos bastidores, já haveria 60 votos no Senado pelo impeachment de Dilma Rousseff.

 

Bola cantada

Suplente de deputado estadual no exercício do mandato, Fábio Flôr (PP), não esconde que está uma arara com o prefeito de Balneário Camboriú, Edson Piriquito (PMDB). Como era de se esperar, o apoio do alcaide peemedebista não permaneceu com o progressista. Piriquito lançou a advogada e sua ex-chefe de gabinete, Jade Martins, à prefeitura.

 

DEM com Natal

O vice-prefeito de São José, José Natal (PMDB), conquistou o apoio do DEM ao seu projeto majoritário. O partido não vai inteiro, mas a porção majoritária fechou questão com o peemedebista.

 

Dois nomes

Em Brusque, o PSD apresentou os nomes dos vereadores Roberto Prudêncio Neto (presidente da Câmara) e Ivan Martins a prefeito.

 

Meia-boca

Angela Amin vai ser candidata à Prefeitura de Florianópolis, independe da decisão do PSD de lançar candidato à sucessão de César Souza Júnior. Para a ex-prefeita do PP, até seria interessante a candidatura do professor Rodolfo Pinto da Luz, na medida em que ela conseguiria se descolar do desgaste da administração de César Júnior. Pelo menos no primeiro turno. Afinal, vale lembrar que o deputado João Amin foi o vice de Júnior em 2012.

 

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