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Análise: a calculada ausência de Colombo

As ausências mais sonoras durante a convenção dominical do PMDB – que aclamou o deputado federal Mauro Mariani como presidente estadual – foram o PSD e o PT.
Na província e no Planalto, o PMDB é aliado e governa ao lado dos dois com o vice-governador Eduardo Pinho Moreira e o vice-presidente Michel Temer. A posição dos petistas até se justifica. Não faz muito, o Manda Brasa Barriga-Verde adotou posição frontalmente contrária a Dilma Rousseff e seu modus operandi nas relações fisiológicas com os aliados no Congresso. Alguns mais exaltados chegaram a defender o impeachment da ex-mãe do PAC. Era natural a reação do PT, ignorando olimpicamente a festa do PMDB.
Bem mais difícil de explicar é o sumiço do PSD. Mas dá pra contextualizar. Houve grande mobilização de determinada liderança pessedista, desmobilizando o partido para evitar a presença de pessedistas no evento do PMDB. Percebendo a movimentação, supõe-se que o governador resolveu não comparecer – marcou exames providenciais em São Paulo – para evitar tensionar o partido e escancarar seu isolamento na defesa da reedição da aliança com o PMDB daqui a três anos. Era hora de mergulhar ante a delicada situação.


Debandada
De Raimundo Colombo ao prefeito da Capital, passando pelo presidente da Alesc e deputados federais estaduais do PSD, absolutamente ninguém apareceu na festa peemedebista. Gesto de presidente A presença mais expressiva na convenção foi o presidente estadual do PSDB, deputado estadual Marcos Vieira, que fez discurso contundente
para salientar a proximidade entre os dois partidos.
Projeção
Antes mesmo de assumir a presidência do PMDB, Mauro Mariani havia declarado que seu projeto era atrair o PSDB. Sob esta ótica, começou bem.
Mas
Outros tucanos proeminentes, como os senadores Paulo Bauer (nome forte para uma composição majoritária no próximo pleito estadual) e Dalirio Beber, passaram longe do evento peemedebista na Capital.
Alto lá
Mauro Mariani tratou de puxar o freio de arrumação diante do clima de euforia na convenção peemedebista. Percebendo várias manifestações já o lançando como cabeça de chapa em 2018, ele foi contundente ao afirmar do partido deve focar nas disputas do ano que vem. Arrematou afirmando que ele pode até mesmo apoiar um correligionário se o encaminhamento partidário apontar outro nome.
Cabeça de chapa
Valdir Cobalchini, agora primeiro vice-presidente do PMDB, lançou a resolução pela candidatura própria ao governo do Estado nas próximas eleições estaduais. O documento foi aprovado por unanimidade dos mais de 400 delegados presentes. Foi o último ato de Cobalchini como presidente interino do partido.

Foto: arquivo, divulgação

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