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Análise: o fator Raimundo Colombo

Prestigiadíssima, sem dúvida, a convenção do PP que guindou Esperidião Amin à presidência estadual da legenda. Os tucanos foram em peso, marcando presença com os senadores Paulo Bauer e Dalirio Beber, e os deputados Marcos Vieira e Leonel Pavan. O PSD também foi muito bem representado, com o presidente da Alesc, Gelson Merísio, o secretário de Estado da Saúde, João Paulo Kleinübing e o deputado federal João Rodrigues, que está com um pé no DEM, principalmente se prevalecer a tese da janela de troca de partido.

Pelos lados do PSB, fator Colombodestaque para o presidente estadual, Paulo Bornhausen. Mais de mil pessoas lotaram o plenário, consolidando o retorno do ex-governador e ex-senador, agora deputado federal, à ribalta da política Barriga-Verde. A maioria falando em nova tríplice aliança, envolvendo PSD, PSDB e PP, não necessariamente nessa ordem. E, no melhor estilo os três mosqueteiros, incluindo o PSB também. Beleza, mas tem gente esquecendo dois detalhes importantes neste contexto: Raimundo Colombo, governador do Estado por duas vezes vencedor no primeiro turno do pleito, é a grande liderança política do Estado atualmente e não apareceu no evento do PP. E ainda é muito, mas muito cedo para imaginar a consolidação de qualquer tipo de aliança.

Dúvidas crueis

O momento sui generis da política e da economia não permite projetar sequer quem chegará em 2018 na presidência da República. Quem vai estar vivo politicamente? Quem será o presidente da Câmara e o do Senado? Lembrando, ainda, que há dois ex-presidentes da República, Lula da Silva, e Fernando Collor, na berlinda da Operação Lava-Jato. E quais os respingos que as respostas a estas questões trarão aos Estados?

Projeto de Colombo

Raimundo Colombo estuda a volta ao Senado, postura que uma vez consolidada é contrária à ideia de aliança do PSD com o outro lado, ou seja, o PP. Principalmente porque Colombo teria que renunciar ao mandato, entregando o governo a Eduardo Pinho Moreira, presidente licenciado do PMDB. Não faria o menor sentido entregar o Estado nas mãos de quem viria a ser seu adversário na eleição seguinte.

Providencial

Nem a Velhinha de Taubaté acredita que foi coincidência a convenção do PP e a reunião do PSD em Lages acontecerem na mesma data. A “coincidência” deu a Raimundo Colombo o álibi perfeito para ficar na sua terra enquanto Gelson Merísio e João Paulo Kleinübing participaram das duas reuniões: na Serra (PSD) e na Capital (PP).

Foto: Secom, arquivo, divulgação

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