Coluna do dia

Aproximação entre PSDB e PMDB

No contexto federal, de maneira discreta, Michel Temer e Fernando Henrique Cardoso já tiveram uma conversa de conteúdo eminentemente político-eleitoral. Os dois líderes tentam construir as bases para um acordo, uma aliança para além de 2018.

Para Temer, trata-se de um novo “eixo de estabilidade.” Os reflexos já estão sendo sentidos e poderão se aprofundar nos Estados. Em Santa Catarina, neste segundo turno, já vemos as duas legendas juntas em Florianópolis e Blumenau. Em Joinville, Paulo Bauer articula nos bastidores em favor de Udo Döhler, embora Marco Tebaldi não veja o encaminhamento com bons olhos.

Mas o fato é que já se fala abertamente na aliança majoritária entre PMDB e PSDB, não necessariamente nessa ordem, para 2018 no plano federal e no contexto estadual também. O Manda Brasa não quer aceitar abrir mão da cabeça de chapa por aqui, mas esta é uma possibilidade com a qual parte da cúpula tucana trabalha também no pleito estadual.

 

Nomes

No fundo, o PMDB está absolutamente sem nomes. Tanto no plano federal quanto na esfera catarinense. Senão vejamos. Eduardo Pinho Moreira eternizou-se na condição de vice-governador, mas não tem votos. O senador Dário Berger, o nome com mais densidade eleitoral, tem sobre a cabeça duas grandes incógnitas: será que o partido aceita sua candidatura a governador? E será que a Justiça permitirá que ele dispute? A conferir.

 

Deputado federal

Mauro Mariani seria o nome mais natural, mas precisa ganhar musculatura nos dois próximos anos. Ele comanda o PMDB e se coloca na condição de postulante à cabeça de chapa em 2018, mas perdeu em praticamente todos os municípios de sua base eleitoral original: o Planalto Norte.

 

Tucanato

O nome natural do PSDB ao governo é o senador Paulo Bauer. Concorreu com Raimundo Colombo em 2014. Ficou fora do segundo turno por 1,5% dos votos. Embora tenha perdido o controle do partido em Santa Catarina, ele lidera a bancada do PSDB no Senado, que tem nomes como Aécio Neves, Cássio Cunha Lima, José Anibal, Aloysio Nunes Ferreira, Tasso Jereissatti e Antonio Anastasia. Bauer lidera um timaço. Também surge naturalmente o nome do prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes. Em caso de reeleição, evidentemente.

 

Sem chance

Outro ponto relevante no cenário tucano Barriga-Verde: dificilmente a cúpula tucana aceitará uma imposição do presidente estadual, Marcos Vieira, para que ele, Vieira, componha uma majoritária. Trata-se de um deputado estadual trabalhador. Mas não reúne estatura e representatividade para integrar a majoritária. Como o PMDB está desfalcado, não deve ser descartado um acordo que leve o PSDB à cabeça de chapa em composição com o PMDB. Tanto aqui quanto lá.

 

Rejeição

No PMDB, Udo Döher, também em caso de reeleição, pode surgir como alternativa. Mas sofrerá a mesma situação de Dário Berger em relação à aceitação partidária. Udo é cristão novo no Manda Brasa e nunca teve uma vivência efetiva dentro do partido.

 

In loco

Raimundo Colombo não acompanhou a visita dos engenheiros na Ponte Hercílio Luz. Na segunda de manhã, ele foi ao Sul catarinense, região atingida por um temporal na tarde de domingo.  Em Tubarão, o governador reuniu-se com o secretário de Defesa Civil, Rodrigo Moratelli, para uma avaliação dos estragos causados pelo vendaval.

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