Coluna do dia

Clima tenso

Efetivamente, durante o fim de semana, começou a desmobilização dos caminhoneiros nas estradas. Antes do meio-dia de domingo, já havia menos pontos de mobilização do que os pontos desativados de paralisação.

O governo federal, a seu turno, seguia batendo-cabeça, com manifestações enviesadas de ministros e sem uma posição definitiva e firme. Isso pode, sem trocadilhos, dar mais combustível para uma greve geral no país. Ontem, já circulavam informações nesse sentido.

Também chamou muita atenção nas redes sociais o vídeo de um brigadeiro da Aeronáutica, sinalizando para a possível estratégia de esquerda que estaria sendo levada a cabo para afetar os 86 candidatos militares que vão disputar o pleito deste ano.

No frigir dos ovos, o país tem um presidente que é um verdadeiro zumbi. É absolutamente impopular, não tem mais apoio no Congresso e recebeu um recado duríssimo de um brigadeiro, ou seja, da mais alta patente da Aeronáutica. Não foi um bagrinho qualquer que se manifestou de forma contundente. O clima é de muita tensão e preocupação em relação à manutenção da ordem constitucional.

 

Lava Jato

Importante lembrar que o segundo na linha sucessória atualmente é  Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados. O terceiro, é Eunício Oliveira, presidente do Senado. Os dois estão arrolados na Lava Jato. Em seguida, viria a presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia. A corte, como se sabe, também não goza de muita popularidade entre a população.

 

Petroleiros

Não é possível dizer se haverá greve geral nesta segunda-feira ou nesta semana. Mas outra categoria importante, a dos petroleiros, já avisou que fará paralisação de “advertência” na quarta-feira.

 

Longe da normalidade

Mesmo que os caminhoneiros voltem em massa ao trabalho nesta segunda e não haja greve geral, levará alguns dias para o restabelecimento da normalidade. A cadeia produtiva é muito complexa.

 

Dividir a conta

O secretário de Estado da Fazenda, Paulo Eli, saiu convicto ontem da reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária. Entende que o Estado deve acatar a decisão do Confaz, que na verdade virou uma reunião entre 12 secretários de Estado, o ministro da Fazenda e o presidente Michel Temer e reduzir em R$ 0,25 a base de cálculo do ICMS cobrado sobre o Diesel em Santa Catarina e outras unidades federadas. Como mais da metade dos secretários não compareceu, o encaminhamento é opcional.

 

Prejuízo maior

O argumento de Eli, favorável à adoção da medida, é bastante plausível. “Hoje, temos 50 mil estabelecimentos fabris sem insumos para a produção. Esse prejuízo é muito maior na arrecadação (do que conceder a redução de R$ 0,25 na base de cálculo),” compara o secretário, salientando que a redução de ICMS em Santa Catarina significará que o governo terá de abrir mão de R$ 7 milhões mensais de receita. E segue Paulo Eli. “ Todos os frigoríficos estão fechados, milhões de frangos e porcos passando fome, leite derramado na vala, pintos de um dia mortos, etc,” contextualiza o secretário.

 

Gabinete de crise

O governador Eduardo Pinho Moreira condiciona a concretização da proposta de redução à compensação financeira por parte da União. Seriam recursos para serem aplicados em áreas essenciais. O governador, aliás, mergulhou no gabinete de crise criado no Estado. Tem acompanhado tudo, demonstrando energia e preocupação com a situação. Merece registro.

Sair da versão mobile