Coluna do dia

Contexto desfavorável

Michel Temer ainda não bateu Dilma Rousseff no quesito desaprovação. Mas já está tecnicamente empatado. No auge do clímax para o processo de impeachment, a petista chegou a 8% de ótimo e bom em avaliações de seu governo. O peemedebista que a sucedeu, de forma legal, marcou 9% na pesquisa do Datafolha, empresa do Grupo Folha, que tem forte tendência de esquerda.

O instituto paulista também divulgou que Lula da Silva, em cenários diferentes, oscila entre 29% e 31%. Noves fora possibilidades de adulterações nos números, os dois índices estão interligados.

Michel Temer nunca foi bom de palanque, de discurso, de voto. Chegou ao poder após o Congresso apear, acertadamente, Dilma de lá. Prometeu erguer a economia, mas ainda não entregou, muito embora as perspectivas tenham melhorado. No mundo real do cotidiano, o desemprego segue crescendo. De quebra, Temer mantém-se irredutível na cruzada para aprovar medidas impopulares, como as reformas trabalhista e previdenciária. Está certo, mas precisa absorver o desgaste.

 

Hã?

Desde que colocou na mesa as mudanças nas relações trabalhistas e previdenciárias, Michel Temer vem perdendo, de goleada, a guerra da comunicação.

 

Caras-de-pau

E o mais incrível nesta batalha para informar ou desinformar é a postura do PT e seus aliados. Eles criaram esse abismo, no qual querem continuar cavando, ressalte-se, e agora se apresentam como única solução para resolver o número infinito de problemas que criaram. É o cúmulo da cara-de-pau.

 

Data

Teria sido acaso a pesquisa DataFolha, colocando Lula da Silva com uma dianteira no mínimo questionável, vir a público na véspera do Dia dos Trabalhadores? E quando a turma de pesquisadores foi a campo, o juiz Sérgio Moro ainda não havia transferido a audiência da Lula da Silva do dia 3 para o dia 10 deste mês.

 

Déficit

Durante evento das entidades hospitalares de Santa Catarina em Criciúma, reclamação em uníssono: atrasos nos pagamentos por parte dos governos federal e estadual, além de defasagens históricas como a Tabela do SUS.  Só em Santa Catarina, a dívida do governo do Estado ultrapassa os R$ 20 milhões.

 

Causa própria

Com as atenções voltadas às reformas do governo Temer, suas excelências os congressistas estão fazendo passar rapidamente o chamado fim do Foro Privilegiado. Trata-se de um golpe. Se entrar em vigor o texto já aprovado no Senado, os processos da Lava Jato vão se diluir e voltarão à estaca zero nas Comarcas e Tribunais de Justiça, onde a proximidade entre políticos e juízes é de fazer corar!

 

Educação

Comitiva catarinense, liderada pelos empresários Glauco Côrte (Fiesc) e Bruno Breithaupt (Fecomércio), está em Cingapura. No país asiático, vão conhecer espaços ligados à educação básica e profissional. A pequena nação ficou em primeiro lugar ranking de 2015 do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA, na sigla em inglês) da Organização de Cooperação para o Desenvolvimento Econômico (OCDE), nas três categorias analisadas – matemática, ciências e leitura.

 

Não recua

As manifestações baderneiras da última sexta, e a pesquisa DataFolha do domingo, não mudaram o ânimo presidente. Michel Temer mandou avisar que não vai recuar do ímpeto de aprovar as reformas em curso no Congresso Nacional.

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