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Dalirio critica proposta de plebiscito e carta de Dilma

O senador Dalirio Beber (PSDB – SC) criticou a carta da presidente afastada Dilma Rousseff, entregue ontem aos senadores e divulgada pela própria Dilma à imprensa.

 

O texto que veio a público foi a quinta versão da carta intitulada “Mensagem ao Senado e ao Povo Brasileiro”, em que Dilma pediu aos senadores que “não façam a injustiça” de condená-la por um crime que “não cometeu”.

 

“Na verdade, essa atitude de mea-culpa, foi suplicada por várias vezes, à presidente Dilma Rousseff , logo no começo do primeiro mandato. Para que ela tivesse a humildade e reconhecesse as contradições de todo o processo eleitoral de 2014, que foi fraudulento. Mas em momento algum, existiu por parte da presidente e do seu partido, essa atitude, fundamental para se restabelecer o diálogo com a sociedade. Quando se falava das pedaladas e dos crimes de reponsabilidade, o governo fazia pouco caso,  dizendo que não existia”, disse o senador.

Para o senador, o governo e o PT, tentaram, durante todo o processo de afastamento da presidente, caracterizar um golpe, que na verdade nunca existiu.

“A proposta de plebiscito para convocar novas eleições, não deixa de ser uma demagogia. Aprovar eleições antecipadas é casuísmo, já que a Constituição prevê que em caso de afastamento do titular do Executivo, assume o vice, portanto, esgotada essa hierarquia, se houvesse o afastamento do vice, ainda sim, tem a hierarquia da sucessão. Portanto, “golpe” é tentar fazer uma nova eleição para não permitir que o vice assuma. Ela joga isso porque sabe que está super comprovado no relatório, de autoria do senador Anastasia, e aprovado na comissão do impeachment. Ou seja, dificilmente haverá alteração no quadro de votação que se verificou na última semana, e os senadores deverão se posicionar pelo afastamento definitivo da presidente”.

Dalirio finaliza dizendo que “essa carta chega tarde, porque não apenas o Congresso Nacional, mas a maioria da população quer o afastamento da presidente e tem urgência em recuperar a economia brasileira, devastada em consequência dos crimes fiscais cometidos”.

 

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