Coluna do dia

Daniel Freitas coloca um pé em Florianópolis

Daniel Freitas coloca um pé em Florianópolis

Na Grande Florianópolis, até a legislatura passada, havia dois deputados federais: Angela Amin e Hélio Costa.
Os dois não se reelegeram. Todos os outros postulantes a uma cadeira na Câmara Federal em 2022, a exemplo de Paulinho Bornhausen e Ed Pereira, também ficaram pela estrada.
A região está descoberta em termos de representatividade.
Diante desse quadro, o deputado Daniel Freitas (PL), cuja família tem muitas relações na região da Capital; familiares dele inclusive tem várias empresas na Grande Florianópolis, pretende começar a dar cobertura de representatividade em Brasília para os municípios que formam a região metropolitana da Capital do estado.
Freitas resolveu alugar a sede do PL catarinense, em Florianópolis, para transformar em seu escritório político. O parlamentar inclusive já foi procurado por Angela Amin. Há vários comentários nos bastidores incentivando Daniel Freitas a colocar-se como alternativa para a eleição municipal do ano que em Florianópolis.

Plano A

Ele não descarta muito embora veja com bons olhos a possível chegada do prefeito Topázio Neto ao PL para buscar a reeleição com o respaldo do governador Jorginho Mello e o dele próprio.

De olho em 26

Freitas aposta firmemente numa inserção majoritária em 2026, provavelmente como candidato ao Senado. Vale lembrar que essa possibilidade foi um aceno a ele partindo do próprio Jair Bolsonaro em 2022, quando o presidente pediu apoio para o projeto de eleição do hoje senador Jorge Seif.

Voto distrital

O contrataste de representatividade entre Florianópolis e Criciúma aponta para uma solução que deveria, na opinião do colunista, ser urgente: que se estabeleça o voto distrital no Brasil já para as próximas eleições gerais.

Meio do caminho

Senão o modelo distrital puro, pelo menos o sistema misto, que já possibilitaria melhor equilíbrio regional. Neste caso, o estado seria dividido em oito regiões.

Meio a meio

Ou seja, metade dos 16 deputados federais catarinenses seria distribuída pelo critério regional, caso no qual a Grande Florianópolis poderia contar com pelo menos um representante entre os 513 deputados.

Desequilíbrio

Senão vejamos. Em Criciúma, uma cidade menor do que a Capital, embora importantíssima e estratégica, foram eleitos três parlamentares federais: Daniel Freitas (PL), reeleito, Ricardo Guidi (PSD), reeleito, e Júlia Zanatta (PL), primeiro mandato.

Mais uma

Com a investidura da também deputada federal Carmen Zanotto (Cidadania) na Secretaria de Estado da Saúde, outra criciumense, Geovania de Sá, assumiu a cadeira em Brasília. Enquanto a maior cidade do Sul tem quatro representantes, a Grande Florianópolis não tem ninguém.

Ninguém sabe, ninguém viu

Esse quadro guarda relação direta com a reforma política, que dorme em berço esplêndido em algum escaninho do Distrito Federal.

Censura, não

Até o fechamento da coluna, ainda não havia uma decisão sobre a votação ou não (muito mais provável) acerca do PL da censura na Câmara dos Deputados. Ainda na manhã de ontem, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), encontrou-se rapidamente com Lula da Silva. E deu uma péssima notícia para a esquerda que deseja amordaçar quem não concorda com suas teses e outras coisitas mais: dificilmente haveria quórum para a votação da proposta. A dúvida é se adiariam a apreciação indefinidamente ou se a matéria seria retirada do plenário da Casa.

Sair da versão mobile