Coluna do dia

Destino: Republicanos

O ex-deputado e ex-presidente estadual do PSD, Gelson Merisio, não vai assinar ficha no PP. A ida dele às hostes progressistas está definitivamente afastada. A opção pelo PSDB parece absolutamente improvável. A semana começa com os encaminhamentos apontado para o Republicanos, ex-PRB. As negociações ocorrem diretamente via direção nacional do partido. Mas sem qualquer objeção das lideranças catarinenses do partido. Os deputados Hélio Costa (federal) e Sérgio Motta (estadual) não fazem restrição.

Pelo contrário. Merisio tem patrimônio de 1 milhão de votos e nada que desabone sua conduta política. Os dois parlamentares veem a chegada dele como opção majoritária para 2022.

O próprio Merisio raciocina que, se eventualmente uma nova candidatura ao governo – ele disputou em 2018 e foi para o segundo turno – não vingar, o Senado seria a opção. Numa composição com o PP e tendo Esperidião Amin na cabeça de chapa.

Passando a limpo

O diretório estadual do MDB catarinense se reúne nesta segunda-feira, 30, à noite, em Florianópolis, para tratar de temas que monopolizaram as discussões no partido nas últimas semanas. São eles: candidaturas às prefeituras nos grandes municípios do Estado, a posição oficial da legenda em relação ao governo Moisés da Silva e o futuro da sigla pós-convenção nacional, marcada para o próximo dia 6 em Brasília. Entre os 71 dirigentes, estão três ex-governadores, os parlamentares da bancada emedebista em Brasília, os nove deputados estaduais e 24 prefeitos.

Situação

Sem um grande líder natural com perspectivas de protagonizar as eleições de 2022, o MDB sabe que o pleito do ano que vem é decisivo para seu futuro. O partido não comanda mais Florianópolis e vê Udo Döhler encerrar seu ciclo em Joinville – sem um sucessor natural. Em Itajaí, o Manda Brasa tem Volnei Morastoni, mas há outros concorrentes fortes. A grande aposta hoje de parte dos cardeais do Manda Brasa é o prefeito de Jaraguá do Sul, Antídio Lunelli.

Tibieza

O MDB, no entanto, carece de nomes fortes, pelo menos até aqui, em Blumenau, São José, Chapecó, Criciúma e Lages. Só para ficar em algumas das maiores cidades de Santa Catarina. Nos pequenos municípios, o partido sempre teve musculatura. Também por isso que a aproximação da bancada estadual junto ao governo do estado incomoda a base, onde o PSL surge como potencial adversário em 2020.

Sombra

Lembrando que em Jaraguá e Itajaí, onde os prefeitos do MDB vão disputar a reeleição, o PSL tem lideranças se consolidando. Deputado federal Fábio Schiochet , presidente estadual do partido, no Norte; e o coronel Mocellin, deputado estadual que tem base na cidade portuária.

Tucanos

Em franco encolhimento, o PSDB de Santa Catarina é outro partido que está na encruzilhada. A força da legenda hoje encontra-se no Sul. Ali, tem o prefeito Clésio Salvaro, de Criciúma, cidade tope 5 do estado, e a deputada federal Geovania de Sá, que conquistou mais de 100 mil votos no ano passado.

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