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Disputa acirrada no Senado; o placar de SC

Como a reeleição de Arthur Lira (PP) à presidência da Câmara está pacificada, o alagoano praticamente não terá adversário, todas as atenções se voltam ao Senado.
São três candidaturas postas à Mesa: Eduardo Girão (PODE), sem vinculação com Lula ou Bolsonaro; Rogério Marinho (PL), candidato bolsonarista (elegeu-se pelo Rio Grande do Norte, foi ministro do ex-presidente); e Rodrigo Pacheco (PSD), o atual piloto do Congresso Nacional. O mineiro acabou conquistando o apoio de Lula da Silva e de praticamente toda a esquerda.
Maravilha. O que se depreende do cenário de momento é que Girão poderá levar sua candidatura às últimas consequências no primeiro escrutínio. Só uma hecatombe definirá o vencedor na primeira rodada. No eventual segundo round, Girão seguramente fechará com Marinho. Os dois são de direita. Detalhe: ele poderá até retirar sua candidatura em favor de Marinho já na votação inicial.
Mesmo assim, o favoritismo é do atual mandatário. Rodrigo Pacheco tem a máquina do Senado nas mãos. Neste tipo de eleição, rola de tudo, cargos, comissões, verbas, é uma festa. Ocorre que há uma diferença em relação à Assembleia catarinense. A votação é secreta.
O cidadão pode receber o que exigiu para votar e na hora de confirmar o sufrágio mudar de candidato.

Projeção

Pacheco deve contabilizar entre 33 e 35 votos hoje. São necessários 41 sufrágios internos para eleger-se o presidente do Senado.

Desconfiança generalizada

Outro aspecto que permeia essa eleição. A situação que vive o país aumenta as preocupações dos nobres eleitos ao Senado da República.

Todo poderoso

Não custa lembrar que Alexandre de Moraes mandou afastar o governador reeleito do Distrito Federal e também mandou prender e determinou toda sorte de punições contra o deputado Daniel Silveira, em final de mandato. Atropelando a Constituição e as instituições sem o menor pudor.

Instinto de sobrevivência

Os senhores da Câmara Alta podem estar raciocinando o seguinte: daqui a pouco o xerife do Brasil mete o pé na porta do Senado, saca pistola e alveja quantos nobres parlamentares ele desejar!

Emparedado

Esse pacto firmado entre o Executivo e o Judiciário deixa o Legislativo fragilizado. E vulnerável. Apesar do favoritismo de Pacheco, Rogério Marinho tem seus trunfos. Político dos mais articulados, fala muito bem e sabe onde pisa. São 81 votos em disputa.

Placar doméstico

E Santa Catarina, como vai se posicionar nesta eleição tão importante? Os três representantes catarinenses devem votar na direita.

Marinheiros

Jorge Seif (PL) e Ivete Appel da Silveira (MDB) já declaram voto em Marinho. Esperidião Amin (PP) é o único que vai continuar no mandato (Jorginho renunciou para assumir o governo e Dário Berger está dando adeus à Câmara Alta), e ainda não declarou voto, mas jamais ficará com Pacheco. Poderá até fazer uma graça na direção de Girão, mas não se vislumbra o ex-governador alinhado com o atual presidente do Senado.

Ouvidos moucos

Vale lembrar que Amin várias vezes reivindicou o andamento de processos de impeachment em desfavor de ministros do STF, petições que Pacheco senta em cima sem a menor cerimônia. Caso Amin vá com Pacheco, ele ficará muito mal perante a opinião pública estadual. Jorge Seif é um dos coordenadores da campanha de Rogério Marinho.

Surpreendeu

A grande revelação, contudo, é Ivete Appel da Silveira. Ela vem deixando muito claro que está se distanciando do MDB nacional. Declarou voto em Marinho, além de estar em fina sintonia com o governador Jorginho Mello.

Águas passadas

Outro aspecto: na eleição de 2015, Luiz Henrique disputou a presidência do Senado contra Renan Calheiros. Dois anos antes, o falecido ex-governador já havia manifestado sua intenção de concorrer ao comando do Congresso Nacional.

Rasteira petista

Em 2015, LHS tinha os votos necessários para bater o notório alagoano. E perdeu por larga margem. O governo Dilma, à época, seguramente virou o jogo em favor do eterno aliado nordestino.

Recordar é viver

Ivete Appel da Silveira, viúva de Luiz Henrique, certamente guarda estas lembranças bem vivas em sua memória.

arte>Brasil de Fato – fotos>Tânia Rêgo/Agência Brasil e Jefferson Rudy/Agência Senado

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